Caminhada reúne famílias em prol da Conscientização do Autismo

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O evento foi promovido pela Família Azul de Itaboraí, Niterói e São Gonçalo em parceria com o Grupo Reunida e o Movimento Orgulho Autista Brasil (Moab)

Foto / Colaboração: Vanessa Lima

A terceira edição da 'Caminhada Pela Conscientização do Autismo', aconteceu na tarde deste domingo (08), em Niterói, e reuniu cerca de 100 pessoas, entre pais, filhos e profissionais da saúde. O trajeto teve início no Mirante de Boa Viagem e seguiu até a rua Miguel de Frias, em Icaraí. Neste ano, o evento foi promovido pela Família Azul de Itaboraí, Niterói e São Gonçalo em  parceria com o Grupo Reunida e o Movimento Orgulho Autista Brasil (Moab).

Em comemoração ao 'Dia Mundial da Conscientização do Autismo', celebrado na última segunda-feira (02), o ato foi realizado com o objetivo de reivindicar melhorias na rede pública de saúde e o aumento das políticas inclusivas. De acordo com uma das organizadoras do evento, Mila Ferreira, a iniciativa chega à sua terceira edição com a proposta de despertar a atenção das famílias para o diagnóstico precoce na primeira infância.

"A nossa luta é para que todos os pacientes tenham acesso ao tratamento adequado na rede pública de saúde, desde o paciente com grau de autismo leve até o severo. Nossa maior preocupação é com o indivíduo que está recluso em casa, porque possui um grau de autismo severo e precisa de uma terapia intensiva em domicílio, mas o governo não oferece esse tipo de assistência," afirmou.

Ainda durante o ato, os pais protestaram contra o desmanche da educação inclusiva e cobraram investimentos nas instituições da rede pública. Na opinião da dona de casa Gisele Paranhos, 35 anos, as políticas de assistência às pessoas com deficiência precisam avançar em termo de acessibilidade, educação inclusiva e tratamento intensivo.

"Faço parte dessa luta, porque acredito que o cenário atual pode mudar se unirmos forças em prol dos direitos básicos dos autistas. Atualmente, meu filho está matriculado em uma instituição privada e possui plano de saúde porque a rede pública não oferece um serviço de qualidade para o desenvolvimento intelectual dos pacientes. Contudo, não vou cruzar os braços. Quero inclusão social nas escolas, ensino de qualidade e avanços na saúde para que nossos filhos possam usufruir dos seus direitos e obter um convívio saudável com a sociedade" afirmou Gisele.