Chega de precariedade

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A destruição do Museu Nacional ainda será lamentada por muito tempo. É uma perda tão grande que não é assimilada de uma hora para a outra, principalmente por não se saber a dimensão do prejuízo. Sabe-se que é incalculável, mas ainda não se tem ideia exatamente do que restou do incêndio. 

Pesquisadores falam em retrocesso de pelo menos uma década em estudos iniciados. Várias pesquisas de pós-graduação terão que ser retomadas praticamente do zero. O trabalho de recuperação e reconstrução será um desafio, mas para todos os que amam o Museu, e são centenas de pessoas no Rio de Janeiro, ele é uma fonte de energia que não se apaga. A chama do conhecimento é o combustível para a alma. 

Quase toda tragédia deixa uma lição. Há sempre a reflexão sobre quanto do risco poderia ser evitado, e no caso do Museu Nacional do Rio de Janeiro, é quase um verdadeiro milagre ele ter durado tantos anos sem maiores cuidados. Querer que uma estrutura de 200 anos se mantenha de pé sem investimentos devidos é jogar com a sorte todos os dias. 

Faltam esclarecimentos ainda sobre a falta de água nos hidrantes próximos ao Museu. Caso estivessem abastecidos, talvez as chamas que consumiram o museu tivessem sido controladas mais rapidamente e o prejuízo fosse menor. 

Ainda há muitas perguntas sem resposta, mas é hora de olhar para o entorno e prevenir acidentes em outras instituições no Rio e no Brasil.