Chuva com alagamentos em Niterói e São Gonçalo

Pelo segundo dia consecutivo a chuva deixou moradores de Niterói e São Gonçalo em alerta. No começo da noite desta terça-feira (16) o canal da Avenida Almirante Ary Parreiras no Jardim Icaraí, na Zona Sul de Niterói, mais uma vez esteve perto de transbordar. Em Icaraí, a Rua Otávio Carneiro ficou alagada comprometendo veículos na via. 

No bairro de São Francisco, motoristas tiveram dificuldades com alguns pontos de alagamento na Avenida Quintino Bocaiuva. Já na Zona Norte, o Barreto além de apresentar pontos de alagamento ainda ficou com alguns semáforos apagados. Agentes da Niterói Transportes e Trânsito (NitTrans) foram acionados para orientar o trânsito na região. 

Em São Gonçalo foram registrados vários pontos de alagamento. No bairro Camarão, próximo ao cemitério de São Gonçalo, o trânsito ficou complicado para motoristas que seguiam no sentido Centro pela Rua Francisco Portela. Motoristas e pedestres também tiveram dificuldades ao passar pela Rua Carlos Gianelli. A entrada do bairro Boaçu ficou completamente alagada. 

Na região central da cidade, a Avenida Dezoito do Forte também teve trânsito lento por conta da chuva. O trânsito lento seguiu até a Avenida Paula Lemos. Nos bairros de São Miguel e Estrela do Norte pontos de alagamento prejudicaram o trânsito na Rua Dr. Nilo Peçanha.

Na Avenida Jornalista Roberto Marinho , antiga Avenida Maricá, motoristas enfrentaram lentidão no sentido Alcântara, devido aos bolsões de água ao longo da pista.

Rastro – Após a forte chuva que atingiu Niterói no início da noite da última segunda-feira, ruas de Itaipu, na Região Oceânica, ficaram intransitáveis. 

Na Avenida Professora Romanda Gonçalves, pedras e lama dificultavam a passagem de pedestres e carros mais baixos. Na Rua Carla Becker, uma montanha de lixo e entulho, além de buracos na via, dificultava a passagem dos veículos. Já na Rua República Dominicana, a água invadiu o quintal de quase todas as casas. A cuidadora de uma idosa, Rita de Fátima Rodrigues, relatou que tiveram que reforçar o portão no momento da chuva para que ele não fosse destruído, mas a água chegou a invadir o quintal e entrou na cozinha.
 
A cabeleireira Roza de Moura morava em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e veio para Niterói para tentar fugir da violência, porém, não contava em ter que passar pelos transtornos da chuva.

“Acabei de pintar a casa toda por fora e já está tudo sujo. A sorte é que a casa é alta, mas chegou a entrar água no meu quintal”, contou a moradora.

A Prefeitura de Niterói informou através de nota que já existe um edital de licitação para obras de macrodrenagem na Avenida Professora Romanda Gonçalves, que vai permitir a microdrenagem das demais ruas da região. A administração regional informou ainda que o edital encontra-se sob análise do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro – TCE.
Devido à forte chuva, alguns bairros ficaram sem luz por até 18 horas. As regiões de Maravista, Pendotiba, Itaipu, Caramujo e Charitas foram as que mais sofreram. O empresário Gilson Pacheco, morador do Maravista, informou que ficou 16 horas sem luz.

“É sempre a mesma coisa, é preciso que se dê um jeito nessa situação”, disse.

Em Charitas, o aposentado Paulo Roberto está com a luz em meia fase desde às 19 horas da última segunda-feira.

“Com a luz desta forma não conseguimos ligar nenhum eletrodoméstico.

A Ampla informou através de nota que ‘o forte temporal com fortes ventos e descargas atmosféricas que atingiu Niterói, Magé, São Gonçalo e Petrópolis na noite do dia 15 de fevereiro, provocou a interrupção do fornecimento em alguns’. A distribuidora esclareceu que reforçou o número de equipes de emergência. (Kelly Krishna Rios e Suzana Moura) n