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Aumento da tarifa pegou os comerciantes de surpresa. Eles temem impacto de reajustes na movimentação
Agência Brasil/Arquivo
Em vigor a partir desta quinta-feira (15), as tarifas de energia elétrica passam a sofrer reajuste de 21% para os consumidores residenciais e 19% nas indústrias e comércios. A revisão tarifária foi alvo de crítica por parte de empresários e lojistas que temem prejuízos gerados pelo aumento nas contas de luz. Nos estabelecimentos do Centro e da Zona Sul, comerciantes afirmam que a medida pode interferir no preço de venda dos produtos, o que afeta ainda mais o bolso dos consumidores.
O aumento da tarifa pegou os comerciantes de surpresa. Muitos lojistas já estão reavaliando os custos mensais dos estabelecimentos para avaliar a possibilidade de cortes de custos, antes de repassar o acréscimo para o consumidor. Segundo os empresários, o reajuste pode afetar a movimentação do comércio, caso o prejuízo gere aumento nos preços das mercadorias. Além disso, os lojistas afirmam que a longo prazo a revisão tarifária tende a interferir na rotatividade econômica do mercado niteroiense.
Na opinião do Presidente do Sindilojas Niterói, Charbel Tauil, a alta revisão tarifária não condiz com os investimentos realizados pela Concessionária Enel Distribuição Rio e com a qualidade dos serviços oferecidos às industrias e comércios da região Fluminense.
“O fato é que os lojistas de Niterói, principalmente os da Região Oceânica, se sentem lesados pelo péssimo serviço prestado, sobretudo, em relação aos reparos emergenciais. É muito comum que os estabelecimetos cheguem a ficar até 20 horas sem luz, muitas vezes devido a uma simples rajada de vento. Como consequência da precariedade desse serviço, os comerciantes sofrem a perda de clientes e isso gera impacto direto sobre o fluxo de venda nas lojas”, justificou.
Em nota, a Enel informou que os principais fatores que influenciaram este aumento foram os custos de transmissão, compra de energia e encargos setoriais. Além disso, a distribuidora alega que os investimentos realizados nos últimos cinco anos para a melhora da qualidade dos serviços, por meio da digitalização da rede, também influenciaram o acréscimo.
“Essa decisão é extremamente abusiva, tendo em vista a crise econômica que o país enfrenta. Esse reajuste pode levar inúmeros empreendimentos à falência, considerando os impostos e encargos trabalhistas altíssimos que o empresário já é obrigado a pagar mensalmente. Sem falar no cidadão comum que vai ser obrigado a ver sua conta de luz aumentar em 21%, sem mudar nenhum hábito dentro de casa”, reclama o comerciante, Murilo Abraham, de 28 anos.
Comércio teme prejuízo com aumento na conta de luz
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