Combate ao mosquito

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Uma experiência desenvolvida em Niterói pode ser ampliada para o Brasil no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, febre chikungunya e zika. O assunto foi comentado ontem pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, na abertura do 1º Encontro da Rede Nacional de Especialistas em Zika e Doenças Correlatas. 

O projeto, desenvolvido com tecnologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Fundação Bill e Melinda Gates, utiliza a bactéria Wolbachia, que, inoculada no mosquito, faz com que o inseto perca a capacidade de transmitir as doenças. A experiência, que é realizada no bairro de Jurujuba, na Zona Sul de Niterói, já apresentou bons resultados em outros países, como a Austrália e o Vietnã.

Testes desenvolvidos pela Fiocruz desde o segundo semestre de 2015 mostram a eficácia do experimento. A tecnologia é capaz de fazer com que a região onde os mosquitos com a bactéria Wolbachia sejam liberados para a reprodução passe a ter predominância deste tipo de inseto, cerca de 70%.

Segundo a Fiocruz, uma vez estabelecido o método em campo, em determinada região, os mosquitos continuam a transmitir a Wolbachia para seus descendentes, diminuindo o ciclo de reprodução dos vetores de zika, dengue e chikungunya sem a necessidade de intervenções adicionais com pesticidas danosos à saúde, tornando o projeto autossustentável.

O experimento já foi levado à apreciação do Ministério da Saúde. A expectativa dos responsáveis é cobrir parte da cidade este ano com uma colônia de mosquitos Aedes aegypti com a presença da bactéria Wolbachia e, em 2017, atingir o patamar de cobertura de 75%. 

Tecnologia, ciência, estudo e pesquisas precisam ser aliadas do Brasil nesta guerra.