Dia de buscas na casa da modelo

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Segundo o delegado , objetivo da busca foi recolher provas para serem anexadas ao processo

Júlio Silva

Policiais da 79ª DP (Jurujuba) estiveram na tarde desta segunda-feira (18) na Trindade, em São Gonçalo, na casa da modelo Raquel Santos, de 28 anos, que morreu na última segunda-feira, em Niterói, depois de passar por um procedimento cirúrgico. Segundo o delegado da distrital, Mário Lamblet, o objetivo da diligência foi recolher produtos químicos que teriam sido usados pela jovem na semana em que morreu. No local os policiais apreenderam frascos do medicamento Potenay injetável, recomendado para uso em animais. Hoje agentes da 79ª DP vão a uma clínica na Barra da Tijuca onde a modelo fez uma aplicação estética nos glúteos no dia 4.

De acordo com as investigações, a modelo costumava fazer aplicação de anabolizantes por conta própria. Ao chegarem à Rua Porto Alegre, onde ela morava, os policiais encontraram a casa toda fechada e fizeram uma procura em toda a residência. Após cerca de 30 minutos no local, os agentes saíram levando o material apreendido.

“O objetivo da nossa equipe foi recolher provas para serem anexadas ao processo. Esse material recolhido será levado para análise”, disse o delegado. 

Em depoimento na delegacia na última semana, o viúvo da modelo, o empresário Gilberto de Azevedo, de 33 anos, disse que a jovem utilizava o produto antes de ir para a academia. Além disso, ela chegava a fumar dois maços de cigarro todos os dias e utilizava aerosol para asma.

Memória – A modelo pagou R$ 6,5 mil para fazer preenchimentos no rosto e nas nádegas na clínica do cirurgião Wagner de Moraes, em São Francisco, Niterói. Ela teria ido realizar um procedimento conhecido como ‘bigode chinês’, de preenchimento facial. Após a operação, por volta das 18h40m, Gilberto foi à clínica buscar a mulher e, segundo ele, ela começou a reclamar de falta de ar.

Raquel Santos deu entrada no hospital desacordada, onde morreu uma hora depois. No dia do enterro da jovem, policiais da 76ª DP (Centro), responsáveis pelo caso, estiveram no velório e levaram o corpo para autópsia, uma vez que as informações contidas no atestado de óbito eram “inconsistentes”, segundo a delegada Maria Carolina.

Segundo o delegado Mário Lamblet, depois de coletados depoimentos e imagens das câmeras de segurança do hospital e da clínica do cirurgião Wagner de Moraes, em São Francisco, o que se sabe é que ela já deu entrada no Hospital Icaraí desacordada. Além disso, o depoimento na última sexta-feira de duas enfermeiras da clínica estética revelou que houve uma demora de 30 minutos no atendimento da jovem, antes de ser levada para o hospital. 

Interditada dias depois do incidente pela Vigilância Sanitária, a clínica de Wagner de Moraes em São Francisco continuava fechada nesta segunda.