Difícil travessia na Rodovia RJ-100

Cidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Fluxo de veículos é grande, mas não há semáforo, radar ou quebra-molas

Foto: Marcelo Feitosa

Moradores de Maria Paula reclamam da dificuldade para atravessar a Rodovia RJ-100, antiga Estrada Velha de Maricá, na altura do número 477. Eles dizem que, em horários de rush, chegam a ficar até 20 minutos aguardando uma oportunidade para cruzar a pista em meio ao grande fluxo de veículos, já que no local não existe semáforo, radar ou quebra-molas.

No local, uma placa sinaliza que a velocidade máxima é de 40 Km/h, mas segundo pedestres, os carros costumam passar bem mais rápido, desrespeitando o limite.

“Os horários de rush, no período da manhã e também à noite, são momentos mais críticos para cruzar a via. Os motoristas não reduzem a velocidade para dar prioridade aos pedestres e somos obrigados a percorrer 500 metros para atravessar na faixa de pedestres, muitas vezes tarde da noite, quando o índice de assaltos é grande. A rodovia tem contabilizado grande índice de acidentes, já que a falta de fiscalização tem ameaçado a vida dos moradores”, reclama a empresária Rosane Vaz, de 52 anos.

Os moradores também reclamam das calçadas estreitas ou da inexistência delas em alguns trechos da via, o que obriga os pedestres a circularem pela rua, incluindo idosos e mães com crianças de colo. Para agravar a situação, alguns comerciantes ocupam o espaço junto às suas lojas, dificultando ainda mais a passagem das pessoas.

“Estamos à mercê de perigos constantemente. Além da dificuldade de travessia, temos que disputar um espaço na rua em meio aos carros para transitar na RJ-100. No mês passado, quase fui atropelada por uma motocicleta quando passeava com meu cachorro. Infelizmente, o órgão responsável pela via não realiza nenhuma medida de melhoria”, reclama a vendedora Paula Coelho, de 30 anos. 

Moradora do bairro há 30 anos, a cozinheira Márcia Castro, de 40 anos, conta que o trecho sempre sofreu com a falta de investimentos. Ela ressalta que o semáforo mais próximo só foi instalado após reivindicação dos moradores.

“É preciso instalar radares eletrônicos para permitir a travessia dos cidadãos, porque o semáforo foi instalado a metros de distância e muitas vezes não funciona. Geralmente, eles desligam à noite para viabilizar o fluxo de trânsito e, quando amanhece, o sinal continua inoperante. É um verdadeiro descaso”, também reclama.

Em nota o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) informou que instalou um semáforo, há nove meses, no ponto em que os moradores apontavam ser o mais crítico da região. O órgão também esclareceu que há quebra-molas na localidade para evitar o tráfego de veículos em alta velocidade.