Doce expectativa para o dia 27

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Com estoque preparado, comércio aguarda os clientes, que seguem na busca pelo melhor preço para a data

Foto: Evelen Gouvêa

Faltando uma semana para o tradicional Dia de São Cosme e São Damião, dia 27 de setembro, o comércio de doces de Niterói começa a esquentar. Ainda engatinhando devido à crise, a expectativa e esperança dos comerciantes da cidade está na reta final, apostando na tradição. Balas, suspiros e cocadas se multiplicam nos estoques, aguardando o grande dia em homenagem aos santos, considerados protetores dos gêmeos e das crianças. 

De acordo com o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Niterói, Luiz Vieira, a expectativa maior é de que as vendas aumentem em comparação com o ano passado – mostrando-se confiante nos bons números.

“Para esse ano a previsão é de um aumento de 2,5% nas vendas, em comparação ao mesmo período de 2016, de acordo com a expectativa dos lojistas que trabalham nos segmentos mais procurados, como o de doces e embalagens. Os doces típicos são os mais buscados, o que acarreta em uma movimentação muito positiva para esse setor. Além disso, os estoques estão abastecidos e os comerciantes estão preparados e confiantes”, disse, acrescentando que o público é certo devido às tradições da data comemorativa.

“CDL acredita que não há alteração no público, uma vez que trata-se de uma tradição antiga, onde muitas pessoas oferecem os doces por respeito a promessas e por práticas religiosas passadas de geração para geração”, explicou.

Segundo o comerciante Josemar de Souza, de 55 anos, a procura deve aumentar nos dias próximos em sua loja, a Cia. Do Doce, na Rua Visconde do Uruguai, no Centro de Niterói, e os estoques estão preparados para o ‘evento’.

“Apesar da baixa procura inicial, até por causa da crise, acho que vai melhorar muito durante a semana. O estoque está completamente preparado, cheio, só estamos na expectativa dessas vendas. Quanto aos preços, a média foi mantida do ano passado. Ou seja, aumentou muito pouco aqui na minha loja. Estamos vendendo muito bem, mas espero que essa semana aumente a procura mais ainda, essa é a tendência”.

As amigas aposentadas Valdenice e Cláudia estiveram no Centro de Niterói pesquisando os preços. Segundo elas, sentiram no bolso a diferença em relação ao ano passado, principalmente sobre a cocada, doce tradicional da data. A variação de preço chega a 23% de uma loja para outra, sendo uma custando R$ 12,99 o pote com 50 unidades e outra a R$ 15,99 da mesma quantidade.

“Os preços deram uma certa subida esse ano, nada muito absurdo, mas pesa. A gente esse ano está preferindo entregar um saquinho um pouco menor, mas com doces de qualidade. A cocada, por exemplo, e até o doce de abóbora, aumentaram – neste ano nem vamos entregar”, explicou Valdenice, acrescentando que esse ano fará a distribuição de 52 saquinhos de doce.

“Distribuímos bastante doces em Itaipuaçu, onde moramos. Viemos no Centro de Niterói onde os preços saem mais em conta. É muito bom fazer esse tipo de coisa, a gente se sente bem. São muitas crianças e o sorriso não tem preço”, explica Cláudia.

Para a comerciante Márcia Fidelis, gerente da loja Myna dos Doces, também na Rua Visconde do Uruguai, os preços estão em conta, e destacou que o suspiro e a maria-mole são os doces mais procurados pelos clientes.