Desde terça-feira sem atendimento na emergência referenciada, o Hospital Universitário Antonio Pedro (Huap) teve as atividades normalizadas nesta quinta-feira (29). A medida tomada pela direção da unidade suspendia o atendimento no setor até que o problema da superlotação fosse resolvido. No entanto, ainda não houve solução. Pacientes continuam sendo atendidos em cadeiras e macas improvisadas. A emergência do Antonio Pedro vem funcionando, nos últimos anos, em sistema referenciado. Ou seja, só atende pacientes encaminhados de postos de saúde de Niterói e região, através do Sistema Único de Saúde (SUS).
A assessoria do Huap alegou que pacientes estavam recebendo atendimento precário no local, sendo alocados pelos corredores e uma espécie de varanda do setor.
Segundo o diretor Tarcísio Rivello, o setor de emergência tem 24 leitos, mas, atualmente, recebe de 25 a 30 pacientes acima dessa capacidade. O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou que a superlotação do Hospital Universitário Antonio Pedro (Huap) está atrelada à crise que enfrentam unidades de saúde, sobrecarregando o hospital. A unidade já passava por problemas, com leitos desativados por conta do déficit de recursos humanos. O Cremerj fez uma fiscalização no Huap em junho do ano passado. Na ocasião, o relatório de fiscalização, que denunciava a precariedade do hospital, foi encaminhado ao Ministério Público e à Defensoria Pública da União.