Começou o mês das flores que inspirou os grandes poetas e escritores como Carlos Drummond de Andrade, Raquel de Queiroz, Mario Quintana, Machado de Assis, Manuel Bandeira e muito mais gente brilhante.
É alegria e mais alegria por conta da natureza, que faz florir as árvores e jardins. Tudo é beleza e é tudo encantador
Pode ser considerado o patrimônio ecológico aqui no Brasil, constantemente agredido pela mão do homem. Mas deixem de lado essas alegrias e os encantos da natureza e dos poetas.
Centrem no outro lado, o obscuro, desta vez, imposto por políticos nesta pátria amada: os eternos problemas que costumam tirar o sono da sociedade brasileira, causados pelos governos, após a redemocratização, com duas raras exceções: Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.
Os saem debaixo são o desemprego, falências, fechamentos de lojas e decisões contra os meios de produção: o capital e o trabalho. É um festival de loucura.
Isso sem levar em conta três bombas da maldade, uma para entrar em vigor em novembro, a reforma trabalhista, e as outras, em gestação, para outubro, reformas da previdência e da política
A primeira deixou praticamente no pódio o patronato e no fundo da cova o trabalhador. Mas segundo a vice-presidente da Anamatra, Noêmia Porto, nem tudo podem ser flores para o capital.
Eis o que ela diz: “A médio prazo, as medidas atingirão a produtividade das empresas, em razão da alta rotatividade que provocarão. O patamar de segurança social será reduzido e o conjunto da sociedade sofrerá reflexos nas áreas penal, previdenciária e familiar, no mínimo”, disse.
Lembra que “toda a sociedade neste momento tem que se sentir igualmente responsável pelo que foi aprovado e pelo mundo do trabalho que será formatado a partir das alterações que entrarão em vigor. O momento é de esclarecer e de se preocupar. Não é momento de esperanças. É necessário deixar claro que a nova lei retirou direitos e dificultou o acesso à Justiça”.
Agora, a segunda bomba: anunciam para outubro mais um pacotão da maldade, a reforma previdenciária, decantada em prosa e verso pelos políticos e autoridades como outro salvador da pátria. Destina-se, caso passe no Congresso, a retirar mais direitos dos futuros aposentados. Que pelo visto, nunca conseguirão o tão almejado descanso.
Para terminar, outra bomba absurda: a proliferação de partidos. Há agremiação para todos os gostos, sem nenhuma representatividade. Qual a finalidade? Somente seus criadores podem saber, mas com certeza, dentre elas, abocanhar vultosos valores do fundo partidário e servir como meio de barganha.
Tudo, portanto, não passa de uma aberração só. Significa que, na atual conjuntura, o país está no dilema ser e o não ser, parafraseando Shakespear.
Mas o Brasil sairá dessa enrascada através da força, suor e lágrimas, frase do grande Churchil.
Esplendor e fúria
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