Festival vegano em São Francisco

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Barraquinhas de artigos veganos, que vão desde sobremesas e hambúrgueres até produtos cosméticos e calçados, foram colocadas no Festival

Foto: Marcelo Feitosa

Alimentação saudável, abrindo mão de qualquer tipo de carne, é a ideia que o 2° Festival Veggo, que aconteceu neste domingo na Praça do Rádio Amador, na Avenida Quintino Bocaiúva, em São Francisco, Niterói , tentou passar a cidade. O evento, que começou por volta do 12h, reuniu cerca de 500 pessoas interessadas no assunto e nos 50 expositores presentes em barraquinhas de artigos veganos, que vão desde sobremesas e hambúrgueres até produtos cosméticos e calçados. O Festival contou ainda com atividades como shows e palestras, conforme destaca o produtor cultural responsável pelo festival, Pedro Bonelli.  

“Esse é um evento pioneiro, pois, até outubro do ano passado, nunca havia sido realizado um festival vegano na cidade. Já foram realizados congressos, encontros, feiras, mas nada que reunisse tantas atividades diferentes num mesmo espaço. Nossa ideia é fazer dessa reunião um evento bimestral.” ressalta. 

Para o publicitário e idealizador do projeto, Lucas Alvarenga, vegetariano há 15 anos e vegano desde 2014, um dos objetivos mais importantes do festival é desconstruir algumas ideias erradas que as pessoas tem a respeito do veganismo.  

“Muitos desses mitos culturais e psicológicos são construídos pela indústria da carne, que é uma das mais poderosas do mundo. A nossa ideia é justamente quebrar esses mitos e fazer um evento democrático e gratuito”, explica o publicitário, ressaltando que o evento é totalmente aberto a pessoas que inclusive não são adeptas do veganismo, mas tem o desejo de conhecer mais sobre o tema.  

“O veganismo não é radical. O que nós queremos difundir é um olhar mais amplo sobre o tema, lembrando que animais abatidos para corte sofrem tanto quanto cães e gatos. Nós ainda temos muitos problemas relacionados à oferta de produtos, pois muitas pessoas que já são vegetarianas têm dificuldades de encontrar alimentos que não tenham leite ou ovos na sua composição”, comenta. 

O professor de geografia, Thiago Alexandre, achou muito importante para a cidade "É importante porque é um estilo de vida alternativo e atrai pessoa de diversos locais e estilos", disse o professor que participou do evento pela primeira vez. Já o administrador Marcello Oliveira, adepto da prática explicou que é uma reunião ideal para quebrar barreiras. "Assim as pessoas podem, além de socializar, conhecer melhor o veganismo e ver que não é só uma dieta, é algo que faz bem para a saúde e para o mundo". explicou.

Atividades como shows e palestras no 2° Festival Veggo

Foto: Marcelo Feitosa

O veganismo é um estilo de vida que consiste em proteger e preservar a vida animal através do não consumo de produto ou subproduto de sua origem, o que inclui, por exemplo, mel, leite, ovos, queijos e a utilização de produtos feitos de couro, lã, seda, entre outros. A alimentação se baseia no consumo de hortaliças, frutas, cereais integrais, proteína de soja, entre tantos outros. Tudo com muito sabor e bem saudável. Adeptos do veganismo estiveram palestrando e mostrando para o público presente como foi o processo de adaptação. A modelo Yasmin Brunet explicou como foi o processo de retirada da carne da sua alimentação 

 "Não demorou muito. Acho que o maior erro que as pessoas cometem quando querem virar vegetarianas é parar rapidamente ou parar de comer todos os animais de uma vez. Se estamos acostumados com carne, podemos sentir tonteira e fraqueza se pararmos de comer de repente. Eu parei com a carne vermelha primeiro, depois parei com o frango e depois com o peixe. É bom dar ao corpo um tempo para se adaptar" explicou.  

A nutricionista Luna Azevedo, deixou claro para o público a importância da busca de um profissional para iniciar esse estilo de vida. "Quem deseja começar a praticar o veganismo é bom se informar antes, procurar saber como funciona, porque não é uma dieta. O vegano ele é contra a exploração animal. Mas as proteínas que tem na carne, você pode consumir em outro alimento. Essa é a importância desse festival. Explicar isso para as pessoas que não conhecem", disse.  

Em meio a toda a cultura vegana, a artista plástica Ana Castilhos, levou sua arte para o público. "Fico feliz de poder trazer minha pintura aqui porque a arte também está dentro da saúde mental, no alimentar dos olhos. E o festival está bem cheio. As pessoas, mesmo sem saber do que se trata, estão parando, se informando, experimentando. Isso é muito bacana", comentou.  

Além de comidas e produtos cosméticos e diversos artigos veganos o evento também teve a participação da Banda Sinfônica Ambulante e nos intervalos Dj's tocando Jazz e Lounge. Nas areias, toda concentração era necessária para se equilibrar na fita elástica do esporte conhecido por Slackline, diversão certa para todas as idades.