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Muito se fala em baixa produtividade da Justiça, mas parece que o Legislativo padece do mesmo mal. Na atual legislatura, quase 1 mil projetos de lei foram apresentados, mas somente 213 (21%) foram aprovados e se tornaram leis no município.  

São números preocupantes e as alegações podem não convencer o eleitor que será convocado a comparecer às urnas em outubro para escolher novos legisladores ou referendar os atuais. Alguns vereadores da base do governo atribuem o baixo percentual de aprovações à burocracia e à falta de técnicos na Casa, enquanto outros, de oposição, afirmam que questões políticas dificultam o processo.  

O fato é que o Legislativo, assim como o Judiciário, que está passando por uma série de iniciativas e esforços, precisa se modernizar. 

Um vereador defende a realização de concursos públicos para renovação de corpo técnico especializado e mão de obra mais qualificada, lembrando que a última seleção aconteceu há 27 anos. Realmente, é tempo demais, mas este parece não ser o único motivo para a baixa aprovação de projetos. 

Para um cientista político, a dificuldade nas aprovações estaria na diversidade de partidos, o que gera uma competição. Outro vereador diz que alguns colegas não têm interesse em descontentar o governo ou companheiros de plenário. Sobre essas questões, cabe aos próprios vereadores resolverem e buscarem se destacar pelos projetos ou habilidades políticas que justifiquem a renovação de seus mandatos. 

Em 80 dias teremos eleições municipais e os eleitores farão suas reflexões sobre seus representantes. Votar é muito mais do que clicar botões numa urna eletrônica. É dar um voto de confiança no político que escolheu para representá-lo em sua cidade. É hora, portanto, de avaliar.