Diversos grupos ativistas da causa da diversidade de gênero produziram, em conjunto, uma nota de repúdio ao que classificaram como “falta de representatividade trans nos espaços de debates, ações e mesas de discussões sobre gênero e diversidade de gênero”. A produção do documento, assinado por 15 organizações, se deu após a grande parte dos vereadores de Niterói indicar que irão recorrer da liminar, expedida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), na última semana, que derrubou um artigo do Plano Municipal de Educação da cidade, aprovada em 2016, que proibia a abordagem de qualquer tipo de material sobre os termos gênero, diversidade e orientação sexual nas escolas da rede municipal.
No documento, as organizações argumentam que “historicamente, a população de travestis, mulheres transexuais, homens trans e demais pessoas trans passa por diversos processos de exclusão, violências estruturais e físicas, e a completa negação de direitos básicos, sendo alijadas da possibilidade de (re)inserção e convívio social, familiar e educacional, frente um sistema que impõe a cis-heteronormatividade e o binarismo de gênero como única forma possível de existir”.
A nota também afirma que “os ambientes educacionais […] são notadamente espaços excludentes da população trans que se comprova diante do altíssimo grau de exclusão escolar das travestis e transexuais no Brasil – que beira os 82% e configura, em realidade, uma verdadeira expulsão das instituições de ensino”.
Na sessão plenária da última quinta-feira, dia 13 de setembro, diversos parlamentares concordaram em acionar a Procuradoria da Casa Legislativa para que a liminar fosse derrubada e o artigo, de autoria do vereador Carlos Macedo (PRP), voltasse a vigorar. O TJ-RJ emitiu a liminar por considerar o artigo, a partir de ação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), como inconstitucional.
LGBTs questionam falta de espaço nos debates
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