Corrida pelo combustível segue em postos de Niterói

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Em um posto na esquina da Rua General Andrade Neves com São Sebastião, uma longa fila se formou, atrapalhando o trânsito

Foto: Marcelo Feitosa

Após seis dias sem combustível, postos de Niterói e São Gonçalo começaram a ser abastecidos já na noite da última segunda-feira (28), o que causou muitas filas durante a madrugada e manhã desta terça-feira (29). A maioria dos locais, até a manhã desta terça, havia conseguido apenas 5 mil litros de gasolina comum, e alguns, 5 mil litros de etanol também, que acabou em poucas horas. Há expectativa dos comerciantes para uma nova reposição nesta quarta-feira. O preço médio nas bombas de gasolina estava R$ 5,09 e muitos levaram galões para estocar.

O primeiro posto a receber combustível na noite de segunda-feira foi o estabelecimento da Avenida Roberto Silveira, na esquina com a Domingues de Sá, em Icaraí, Zona Sul de Niterói, que registrou grande fila. O local recebeu 30 mil litros, 10 mil cada de gasolina comum (R$ 5,19), aditivada (R$ 5,39) e etanol (R$ 3,69) às 20h. Às 9h30 desta terça já havia acabado tudo - a gasolina já durante a madrugada. Até o início da tarde não havia previsão de novo carregamento.

Também na Roberto Silveira, na esquina com a Avenida Sete de Setembro, um posto recebeu às 7h desta terça-feira chegaram 5 mil litros de gasolina e 5 mil de etanol. Às 10h40, já havia acabado a gasolina, mas ainda havia 3,5 mil de etanol e a fila de veículos aguardando por mais chegava na Avenida Ary Parreiras. A estimativa era que chegasse mais 10 mil litros de gasolina (R$ 5,09) e 5 mil de etanol (R$ 3,69) ainda antes das 11h.

“Moro na esquina deste posto e o frentista avisou ao meu marido da chegada, mesmo assim, peguei a fila na Ary Parreiras e aguardei por mais de 50 minutos. Vou aproveitar o etanol mesmo, pois preciso me locomover para trabalhar e para ir à casa da minha filha em São Gonçalo todos os dias”, contou a dentista Maria Odete de Almeida Macedo, de 68 anos.

Por São Francisco, também na Zona Sul, o posto BR na esquina da Avenida Rui Barbosa com Rua Arariboia recebeu 5 mil litros de gasolina (R$ 5,09) que duraram apenas 2 horas. De acordo com o dono, a expectativa era de mais um carregamento de 5 mil litros de gasolina para noite, e mais para esta quarta, desta vez também com etanol (R$ 3,59). Na mesma via, na esquina com a Rua Manoel Duarte, o posto Nit400 não havia recebido combustível ainda e não tinha previsão de abastecimento.

Pelo Centro da cidade, a procura no posto Shell da Rua São Sebastião com Rua General Andrade Neves causou confusão no trânsito. Motoristas tentavam ao realizar contramão na Rua Padre Anchieta, entrar no meio da fila que se formava na São Sebastião. Até que a fila se organizasse depois das 9h, houve alguns princípios de discussões e a via chegou a ficar fechada.

“No final de semana, tive que tirar gasolina do barco para colocar no carro, para completar, meu marcador de combustível parou de funcionar e não sei se estou na reversa. Vi a fila e resolvi arriscar, mesmo achando o preço um pouco alto”, disse o empresário Gustavo Gomes, de 34 anos.

O local recebeu 5 mil litros de gasolina comum (R$5,09) e 5 mil de etanol (R$ 3,69) às 8h e havia possibilidade de receber mais combustível na parte da noite desta terça, mas não foi divulgado a quantidade.

Já no posto BR da Avenida Visconde do Rio Branco, o combustível estava sendo vendido apenas no dinheiro. O estabelecimento também recebeu 5 mil litros de gasolina (R$5,09) às 8h, mas frentistas afirmaram que o abastecimento apenas duraria até 12h. Em um posto na Alameda São Boaventura, no Fonseca, além de não ter etanol, motoristas também só podiam pagar em dinheiro. Apesar da reclamação de consumidores, a prática deste tipo de cobrança não é proibida, de acordo com o Procon.

Também há relatos de abastecimento nos postos da esquina da Av. Roberto Silveira com Rua Dr. Paulo Cesar, em Icaraí, no estabelecimento do Trevo de Maria Paula e o posto Ipiranga, na Avenida Jansen de Mello, no Centro, antes da subida da Ponte Rio-Niterói, que também apresentou fila.

Desde as primeiras horas da manhã desta terça, motoristas faziam filas na RJ-104, na altura do bairro Cova da Onça, em Niterói, para garantir o abastecimento de gasolina. Lá, como na maioria dos postos em São Gonçalo, não havia Etanol. 

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência no Estado do Rio de Janeiro (Sindestado), não há um controle por município de quantos postos já foram abastecidos e as carretas estão chegando conforme as possibilidades de cada Distribuidora e/ou transportadora. Os municípios que já começaram a receber combustíveis devem levar de cinco a sete dias para normalizar a situação.

A Secretaria de Estado de Segurança informou que a Central de Escoltas realizou, desde segunda-feira (21), 311 escoltas de caminhões de combustível.