Menino eletrocutado está em estado gravíssimo

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A avó da criança, Bernardete Cardoso, e a prima, Daniele, afirmam que o acidente poderia ter sido evitado

Foto: Douglas Macedo

O menino Adrian Cardoso da Silva, de 6 anos, que foi vítima de uma descarga elétrica no bairro Almerinda, em São Gonçalo, na segunda-feira (29), precisará ter o seu braço direito amputado, segundo a família, que resgistrou a ocorrência na delegacia. A criança está internada em estado gravíssimo no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no bairro Colubandê, também em São Gonçalo.

O incidente aconteceu após Adrian encostar em um fio de alta tensão que havia arrebentado, na Rua Líbano Ratazzi. A família alega ter avisado à Enel, prestadora responsável pelo serviço de energia elétrica, sobre a situação, mas que equipes foram enviadas ao local somente após o garoto ter sofrido a descarga elétrica.

“O acidente poderia ser evitado, pois ligamos para a Enel e eles não resolveram. Só depois que meu primo ficou queimado em estado grave que eles cortaram o fio que estava solto. Muitas crianças moram naquela rua e o risco era iminente”, disse Daniele Santos, prima de Adrian e que socorreu o menino após o acidente.

A avó da criança, Bernardete Cardoso, afirmou que Adrian teve 60% do corpo queimado e suas lesões foram mais internas do que externas. De acordo com ela, os médicos informaram que será necessária a amputação do braço direito do garoto, mas que ele está respondendo bem às medicações.

“A situação dele está por conta de Deus. Queremos só que ele possa voltar a brincar como uma criança de seis anos”, desabafou a avó.

O pai de Adrian, Alexandre Cardoso, contou que a Enel está prestando assistência à família. A companhia ofereceu custear a transferência do garoto para um hospital particular em Niterói. No entanto, como o quadro dele ainda inspira muitos cuidados, o procedimento, no momento, é inviável.

“A médica falou que ele está melhor, mas deixou muitas dúvidas. Ela disse não se comprometer em caso de uma eventual transferência, então achamos preferível que ele fique aqui. Temos medo dos riscos desse procedimento. De acordo com o corpo médico, a recuperação dura, em média, seis meses”, afirmou Alexandre.

Procurada, a Enel disse que lamenta profundamente o acidente ocorrido em São Gonçalo. A distribuidora acrescentou que entrou em contato para oferecer assistência à família e vai apurar as circunstâncias do acidente.

A família de Adrian registrou o caso na 75ª DP (Rio do Ouro).


Relembre o caso – Adrian deu entrada no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), em São Gonçalo, na última segunda-feira (29), após sofrer uma descarga elétrica em uma rede de alta-tensão. O acidente aconteceu na Rua Líbano Ratazzi, no bairro Almerinda. O menino foi socorrido por familiares.

A família contou que o menino estava na calçada e seguia para a casa dos primos. Adrian encostou em um fio que havia arrebentado horas antes. Uma tia da criança contou que a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia, foi acionada pelos moradores da rua, mas só resolveu o problema após o incidente.