Militares da Marinha visitam casas em SG

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Grupo percorreu ruas do Centro junto com agentes de saúde e endemias

Marcio Oliveira / Divulgação Prefeitura de São Gonçalo

A operação de guerra “São Gonçalo Contra o Aedes” percorreu mais 20 bairros ontem. Com reforço de 3,5 mil militares da Marinha do Brasil, agentes de saúde e de endemias visitaram casas e comércios no combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. O secretário de Saúde do município, Dimas Gadelha, acompanhou a ação e garantiu que a luz vermelha acendeu no órgão após o fechamento do relatório com os últimos números de notificações de casos das doenças.

“Entre o verão de 2014/2015 foram registrados apenas 758 casos. Desde o início deste verão a cidade notificou 1.877 casos suspeitos, ou seja, três vezes mais o número de pessoas possivelmente infectadas pelo mosquito. A população tem que nos ajudar no combate ou a situação vai piorar em todo o país”, garantiu o secretário.

Um grupo de militares passou a manhã percorrendo as ruas do Centro da cidade. Na Travessa Jorge Soares, a equipe visitou a casa da aposentada Maria das Graças Maia, 68 anos. Moradora do local há 40 anos, ela afirmou que realiza a limpeza semanalmente e que nenhuma das quatro pessoas que moram no local contraíram as doenças causadas pelo mosquito.

“É importante que a gente cuide da nossa casa. Estamos protegendo nós mesmos. Todo mundo tem que fazer a sua parte. Moramos em um município imenso, não tem como o agente vir em minha casa toda semana, é inviável. Então é um trabalho em conjunto sim”, disse a moradora. 

A balconista Ana Lúcia Vieira, 32 anos, achou importante a chegada dos militares para combater o mosquito.

“Só assim iremos chamar atenção da população para os riscos causados pelo mosquito. Todos precisam acordar e perceber que estamos em uma situação de emergência”, desabafa.

O secretário de Saúde voltou a pedir ajuda da população para acabar com os focos do mosquito. 

“Além do mosquito estar cada vez mais resistente, os períodos de seca seguidos de chuva criam ambientes propícios para a proliferação do mosquito que se reproduz na água e em dias quentes. Cerca de 80% dos focos do mosquito estão em residências, então a colaboração do morador é essencial”, pediu Gadelha.

Ônibus – Com o início do ano letivo, a secretaria de Educação de São Gonçalo intensifica também o seu trabalho junto a campanha “São Gonçalo Contra o Aedes”. Através de um Ônibus Educativo de Prevenção e Combate ao Aedes Aegypti. A unidade, que pertence ao Ministério da Saúde, chegou à cidade no início da semana e irá percorrer as escolas para levar informações sobre a doença e como evitá-la. Hoje, às 14 horas, o ônibus estará no Colégio Municipal Castelo Branco, no Boacu, onde também acontecerá uma palestra para diretores e professores com oficiais da Marinha do Brasil.

No veículo, os alunos poderão conferir uma exposição que explica tudo sobre a dengue. O destaque fica por conta das esculturas que mostram todo o ciclo do mosquito Aedes Aegypti ampliado 1.800 vezes. Além do material, com a ajuda de lupa, é possível ver como são os ovos, as larvas e o mosquito adulto em tamanho original.

Para explicar melhor como encontrar e destruir os locais de procriação do mosquito transmissor da doença, o ônibus contará com agentes de saúde. O ônibus tem como objetivo educar e conscientizar a população sobre prevenção contra a dengue e riscos do contágio da doença. 

Criadouros – Para erradicar o Aedes aegypti e todos os seus possíveis criadouros, é recomenda a adoção de uma rotina com medidas simples para eliminar recipientes que possam acumular água parada. Dez minutos de vistoria são o suficiente para manter o ambiente limpo. Pratinhos com vasos de planta, lixeiras, baldes, ralos, calhas, garrafas, pneus e até brinquedos podem ser os vilões e servir de criadouros para as larvas do mosquito. 

Outras iniciativas de proteção individual também podem complementar a prevenção das doenças, como o uso de repelentes e inseticidas para o ambiente.