Há um ditado antigo envolvendo animais que revela muito do comportamento humano: “quando o gato sai, os ratos fazem a festa”. No caso dos motoristas que trafegam pela Ponte Rio-Niterói, o princípio deve ser adaptado: os motoristas não devem se aproveitar da ausência de policiais fiscalizando a via para cometer irregularidades e imprudências.
Hoje em dia, não é mais tão necessária a presença física dos agentes de segurança. As câmeras de vigilância estão aí para isso. Graças ao videomonitoramento, as multas no elevado que liga o Rio de Janeiro a Niterói registraram aumento de 30% nos últimos meses.
O festival de irregularidades e absurdos culminou, no último final de semana, com o motorista de um veículo sendo surpreendido pela Polícia Federal trafegando em marcha à ré pela Ponte, com o carro com excesso de passageiros, transportando, inclusive, duas crianças. O condutor alegou que faltava combustível para completar o trajeto. Cena surreal em horário de grande movimento.
Outros abusos comuns, além da velocidade acima do permitido, são a evasão do pagamento de pedágio, uso de telefone celular ao volante e dirigir sem cinto de segurança.
Na ilusão da impunidade, o motorista se arrisca e coloca as vidas de outros em risco. Felizmente, nos últimos 19 meses, a via não registrou acidentes resultando em mortes, mas isso não é motivo para que as imprudências continuem a ser cometidas.
É bom lembrar que o “olhar” eletrônico é implacável.
Olhar implacável
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