Piratininga: poluição na lagoa leva a mortandade de peixes

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A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS) está preparando um relatório que vai apontar as causas dos problemas

Foto: Douglas Macedo

A Lagoa de Piratininga amanheceu esta terça-feira (25) com uma proliferação excessiva de algas e uma extensa mancha branca, além de muita lama e um grande número de peixes mortos na altura da Avenida do Forte, no Tibau, Região Oceânica de Niterói. O cenário assustou moradores e comerciantes da região.

Maria Espinosa, de 51 anos, afirmou que não costuma ver a margem da lagoa tão suja.

“Eu, particularmente, não lembro de ter visto a lagoa com tanta lama. Acredito que seja reflexo de poluição”, declarou a dona de casa.

De acordo com a bióloga marinha Luiza Perin, o problema é provocado por despejo irregular  de esgoto, confirmando as reclamações quanto à sujeira e poluição existentes nas águas.

“Esta proliferação de algas pode ocorrer por excesso de matéria orgânica. No caso, essa matéria orgânica é o esgoto das moradias do entorno da lagoa. Este excesso de algas reduz a quantidade de oxigênio disponível na água, e isto provoca a mortandade dos peixes e outros animais da cadeia trófica. Esta ocorrência é um indicador de grande poluição”.

Por nota, a Prefeitura de Niterói afirmou que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS) realizou nesta terça, uma vistoria no local juntamente com a concessionária Águas de Niterói e está preparando um relatório que vai apontar as causas dos problemas. Ainda segundo o executivo, a Clin está realizando o trabalho de recolhimento dos peixes.

Procurado, o Instituto Estadual do Ambiente – INEA não se pronunciou até o mfim da noite.

Prevenção – Executado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o Projeto Se Liga reduziu em mais de 84% o lançamento de efluentes nos cursos d’água da Região Oceânica de Niterói. Desenvolvida em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a concessionária Águas de Niterói, a iniciativa evitou que 300 mil litros por dia de esgoto in natura fossem despejados nos rios da região.