Após as demolições de três casas na Aldeia Imbuhy, no Complexo de Fortes do Exército em Jurujuba, moradores e líderes políticos começam a se organizar para evitar novos despejos na comunidade. Nos próximos dias, os moradores vão se reunir para organizar protestos. A Câmara de vereadores de Niterói, a Alerj e a Câmara dos Deputados também estão mobilizadas.
Três casas foram demolidas na última terça-feira, na aldeia centenária do Imbuhy e as famílias foram despejadas pelo Exército. A ação fez parte de um mandado de Justiça de reintegração de posse. A Justiça estipulou que todas as famílias terão que sair de suas casas.
“Vamos nos reunir e nos organizar contra a arbitrariedade cometida com essas três famílias excluídas da aldeia. E eles [Exército] ainda nem respeitaram o prazo de saída”, disse o vice-presidente da Associação de Moradores do Imbuhy, Levi Marins.
Segundo o vereador Leonardo Giordano (PT), os advogados dos moradores do Imbuhy vão entrar com uma ação rescisória para sustar efeitos da decisão da Justiça e tentar evitar novas demolições e outros despejos.
“Foi um absurdo, os moradores são de uma comunidade tradicional e centenária. A Câmara foi desrespeitada e isso é muito triste. Eles estão preocupados com o despejo e não com o desfecho das pessoas”, disse.
De acordo com o deputado estadual Flávio Serafini (Psol), a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), também está mobilizada, conversando com o Comando Militar do Leste para tentar a chegar a uma solução favorável às famílias.
O deputado federal Chico D’Angelo (PT) disse que recebeu denúncias de que os moradores que tiveram suas casas demolidas na Aldeia Imbuhy não estão conseguindo acesso a seus pertences pessoais, inclusive medicamentos de uso contínuo.
“Isso é mais um grande absurdo. Acionei o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Paulo Pimenta. Acredito que a mobilização da sociedade seja muito importante para nos ajudar a reverter esse quadro”, concluiu.
Políticos se mobilizam para salvar Aldeia
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