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Quem passa pela Avenida Feliciano Sodré, no Centro de Niterói, se assusta com o precário estado de conservação do poste
Fotos: Marcelo Feitosa
Moradores de Niterói e São Gonçalo continuam assustados com a falta de manutenção dos postes de energia elétrica das ruas de ambos os municípios. Apesar de várias reclamações à Enel Distribuição Rio - concessionária responsável pela distribuição de energia -, eles afirmam conviver com o medo da queda de postes.
Em Piratininga, na Rua Professor Sylvio Pires de Melo, na Região Oceânica, dois postes tiram o sono dos moradores. Na via estreita, o medo é que ele caia por cima de casas, carros e moradores e ainda deixe a população sem energia.
“Há cinco meses, um caminhão de lixo passou arrebentando os fios e puxando o poste. Há cinco meses, venho fazendo pedidos à Enel, que informa que os postes serão trocados no fim do mês, mas esse fim nunca chega. O que acontecerá quando chover forte ou outro caminhão passar?”, questiona o analista de sistemas Daniel Gomes, de 35 anos.
Na Zona Norte, uma batida em um poste na Rua 22 de Novembro, no Fonseca, na esquina com a Alameda São Boaventura, o partiu em dois, deixando as ferragens aparentes há cerca de cinco meses. No local, foi instalado um outro poste de concreto, porém, o quebrado permanece no local. Segundo um frentista de um posto de combustíveis próximo, não houve resposta da Enel sobre a troca dos fios e a remoção do avariado.
Também na Alameda, na altura do número 1.105, próximo à baia de ônibus da Estação Riodades, uma outra batida moveu um poste de lugar, deixando-o torto e caído. Ele está seguro apenas por algumas ferragens, mas chama a atenção de quem passa.
“É um perigo, né? A rua é muito movimentada. Além de poder cair em cima de carros, ônibus e pedestres que passam por aqui, a calçada é cheia de motos de uma oficina. Se não machucar alguém, vai dar prejuízo, com certeza”, alerta a professora Maria Lúcia Mello, 56 anos.
A mesma situação acontece na Avenida Feliciano Sodré, em frente ao número 273, no Centro. De acordo com pedestres, há cerca de um mês, um veículo colidiu contra o poste durante a madrugada.
Na Rodovia RJ-100, em Maria Paula, divisa entre os municípios de Niterói e São Gonçalo, um novo poste foi instalado em um ponto de ônibus, na altura do número 421. O antigo, entretanto, continua no local. Quem passa por ali se assusta com as ferragens à mostra e pedaços de concreto despencando. Lojistas próximos também se preocupam com a possibilidade de interromperem o atendimento por possíveis quedas de energia.
Quem mora na Travessa Manoel Martins, no Mutondo, em São Gonçalo, sofre com um poste na altura do número 395 que ainda é de madeira e seu esqueleto não possui mais sustentação. De acordo com Ana Cristina Pereira, 65, moradores posicionaram estacas de madeira para dar suporte ao aparelho.
“É muito perigo! Já pedimos a troca, mas nada acontece… é uma rua residencial, se machucar morador, quem paga o estrago? Tem que colocar logo um de concreto aqui na rua. Nós pagamos caro pela iluminação”, desabafa a aposentada.
A Rua Guilherme Santos Andrade, na Praça do Galo Branco, também preocupa moradores, devido a um poste deteriorado. A Enel informou que enviará equipe técnica aos locais para verificar a situação dos postes.
Postes ameaçam cair em várias ruas de Niterói e São Gonçalo
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