Postos de combustíveis voltam a ser abastecidos em Niterói

Niterói
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Motoristas que trafegaram por Niterói enfrentaram dificuldades para abastecer veículos nesta sexta-feira (8). Isso porque, desde a noite de quinta, as transportadoras deflagraram greve por causa da alta carga tributária dos impostos (PIS/Cofins e ICMS, que acabam incidindo sobre o preço da gasolina. Por volta das 17h30, diversos postos já estavam encerrando o expediente pela falta de gasolina e álcool. A paralisação terminou à noite quando representantes da categoria entraram em acordo com o Governo do Estado.

O dono de um posto localizado na Avenida Roberto Silveira, em Icaraí, se queixou da paralisação das transportadoras. Por volta das 17h, ele contou que só tinha combustível para atender os cliente até, no máximo, 17h30.

“Não sei o que farei. Estou um pouco nervoso com esse problema. Aqui nós funcionamos 24h/dia e atendemos em média 500 veículos e vendemos cerca de 10 a 12 mil litros de combustíveis diariamente. E agora, como será?”, perguntou um pouco nervoso.

Na mesma via, um empresário, responsável por 15 estabelecimentos da Zona Norte a Sul de Niterói, disse que, na maioria dos estabelecimentos, os combustíveis já tinham terminado.

“Aqui só estamos vendendo etanol. Por enquanto. Nosso prejuízo em toda a rede é deixar de vender de 3 a 4 milhões de litros. Incalculável”, lamentou. Clientes pegos de surpresa com a paralisação aproveitaram para encher o tanque.

“Esse é o terceiro posto que eu venho e encontrei gasolina aqui. Vou encher o tanque porque não sei quando a situação vai se normalizar. Fui pega de surpresa, mas não discordo da paralisação. Ninguém merece pagar quase R$ 5 em um litro”, analisou uma professora.

Um advogado contou que não vai mais viajar para a Região Serrana, neste final de semana, com medo de não conseguir abastecer: “Tô enchendo o tanque agora para trabalhar na próxima semana. É melhor se prevenir”, contou.

Paralisação – Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência no Estado do Rio de Janeiro (Sindestado-RJ), desde a noite da última quinta-feira, nenhum caminhão transportador de combustíveis saiu das bases de abastecimento instaladas na região de Duque de Caxias (Baixada Fluminense), que responde pelo abastecimento da imensa maioria do território do Estado do Rio de Janeiro.

O sindicato informou ainda que soube de casos pontuais em que caminhões chegaram até a entrar em bases de distribuição, mas de lá não conseguiram sair.

“Esse quadro gera grande apreensão para os donos de postos, que contam com o recebimento de novos carregamentos para que possam continuar trabalhando. Caso a situação não seja normalizada de imediato, os postos terão 24 a 48 horas, no máximo, até que comece a faltar combustível para venda”, informou o Sindestado por meio de nota.

A paralisação dos transportadores está ocorrendo também em Estados como São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás. A ANP informou que está acompanhando a greve e tomando providências para garantir o abastecimento de combustíveis.