Preço do tomate já assusta consumidor

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Chuvas que atingiram Região Serrana impactaram no preço da fruta

Foto: Marcelo Feitosa

Nos supermercados, hortifrútis e feiras livres de Niterói, o preço do quilo do tomate chega a R$ 6,99, muito acima do preço médio de R$ 2,99 cobrado em outras épocas do ano. De acordo com fornecedores, o acréscimo é devido às chuvas que atingiram a Região Serrana e influenciaram nos custos das plantações. A safra do tomate sofreu reajuste de 130% na última quinzena. A Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa), no entanto, assegura que o produto não está em falta. 

Na Ceasa, o quilo da fruta está custando R$ 2,58. A caixa do tomate com 20 quilos sai por R$ 50,25. O feirante Eduardo Rodrigues, 43 anos, explica que o tomate “carmem”, tipo mais consumido no país, está sendo comercializado entre R$ 4,99 e R$ 6,99, mesmo preço do tomate “italiano”, que possui uma cotação mais alta no mercado. 

“A oferta do tomate caiu e o produtor agrícola repassou os custos para o consumidor na tentativa de recuperar os danos”, resumiu. 

Para driblar o reajuste, consumidores estão substituindo o tomate por outros alimentos e reduzindo o volume de compra. A aposentada Margarida de Souza, 68 anos, se surpreendeu com o valor do tomate. 

“Está muito acima da média para um alimento básico que faz parte da cesta básica do brasileiro. O jeito vai ser colocar menos tomate na salada e investir na cebola e no pimentão”, sugeriu. 

O economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz explica que alta da cotação do tomate não compromete as metas da inflação porque o valor comercial do produto é restabelecido nos períodos de safra. O especialista também ressalta que o reajuste não impacta o custo de vida do brasileiro, tendo em vista que o consumidor pode substituir a fruta por outros alimentos, sem abrir mão do poder de compra. 

“Fato que não acontece quando o reajuste afeta o preço do arroz ou do feijão, que são preferências nacionais. insubstituíveis por uma questão cultural”, esclarece. 

Segundo a Ceasa, a tendência é que a oferta do tomate cresça em todo o estado a partir de maio, quando a safra do tomate de Paty de Alferes, maior produtor da fruta, se inicia e segue até junho.