Recordações e emoção na Maldita 3.0

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O curador da mostra, Alessandro Alr, recebeu o jornalista, radialista e escritor, que relembrou o auge da “Maldita”

Douglas Macedo



A exposição “Maldita 3.0: no Universo da Rádio Fluminense” recebeu nesta sexta-feira (19) um visitante importante em sua história: um dos criadores do projeto, o jornalista, radialista e escritor Luiz Antonio Mello, o LAM, que prestigiou o evento e relembrou o início da rádio que revolucionou o cenário musical na década de 1980 e 1990. A exposição está sendo apresentada no Espaço Cultural dos Correios, na Avenida Rio Branco, no Centro de Niterói.

LAM revelou que já esteve na exposição outras cinco vezes, mas que a cada visita uma nova história é descoberta. Ele elogiou o acervo, que retrata toda a memória da rádio que mudou conceitos e derrubou preconceitos, e relembrou o início da rádio.

“Na noite anterior ao lançamento, gravamos as vinhetas até tarde. Às 6 horas do dia 1° de março de 1982, a rádio oficialmente entrou no ar. Foi um grande desafio profissional, pois começamos por acaso. Eu e o Samuel Wainer Filho, o Samuca, estávamos conversando sobre criarmos um programa de rádio chamado Rock Alive, e como eu sabia que o Grupo Fluminense havia acabado de inaugurar um novo transmissor, resolvemos entrar em contato com o Doutor Alberto Torres, dono do grupo, e apresentamos o projeto. Após algumas reuniões, Doutor Alberto nos propôs assumir a rádio. O que era para ser um programa, virou a Rádio Fluminense”, disse.  

Luiz Antonio conta, orgulhoso, como a rádio conseguiu conquistar o segundo lugar no Ibope do Estado.

“A nossa programação era muito diferente das outras rádios, tocava o mais puro rock’n’roll. Em 15 dias no ar, o Ibope informou que nosso índice de audiência tinha aumentado cerca de 1000% por semana. Com isso, em 1985, ocupávamos o segundo lugar no Rio”, conta.

Apelido - Com relação ao apelido da rádio, “Maldita”, LAM lembrou que ele surgiu por acaso.

“Eu estava reunido com o Sérgio Vasconcellos e Amauri Santos, resolvendo coisas da rádio, e em um determinado momento nos abraçamos e falamos: ‘Fluminense FM, a Maldita!’. A partir daí, o apelido pegou e foi incorporado ao nome da rádio”, explica o jornalista.

O curador da exposição, Alessandro Alr, lembrou que para quem quiser conhecer o universo da Rádio Fluminense FM, a “Maldita”, ainda há tempo: a mostra só será encerrada em 11 de julho.

“A exposição está incrível, e se você era um ouvinte da rádio, ou gosta de ouvir rock, não pode deixar de vir prestigiar o evento”, convida.

Programação – Na terça-feira, dia 23, haverá o painel sobre a “Cultura do Rock’n’roll” no auditório do Espaço Cultural dos Correios, das 17h às 19h. Na quarta-feira, dia 24, haverá o workshop “Produção audiovisual de videoclips”, das 15h às 17h.

A exposição “Maldita 3.0. No Universo da Rádio Fluminense” está em cartaz na Avenida Visconde do Rio Branco, 481, Centro de Niterói.