Suspeita de peste bubônica em São Gonçalo

São Gonçalo
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Uma paciente internada no Hospital Doutor Luiz Palmier, no bairro Zé Garoto, em São Gonçalo, está com suspeita de peste bubônica. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a doença ainda não foi confirmada, apenas a "cultura de ferida com variações". A bactéria foi isolada e o laboratório colheu nesta quinta-feira (10) a hemocultura (exame laboratorial que pesquisa microrganismos patogênicos no sangue). A Secretaria de Estado de Saúde do Rio frisou que não há surto da doença.  

A direção do hospital informou que a suspeita surgiu após o resultado de um exame de microbiologia realizado na paciente, mas esclareceu que ela não apresenta o quadro da doença.    

Exames, no entanto, não confirmaram o diagnóstico e, por isso, o hospital encaminhou o teste para reavaliação em serviço de doenças infecto contagiosas. Mesmo com o resultado desconhecido, a Secretaria de Saúde do município informou que todas as medidas de precaução foram tomadas pelas equipes do Luiz Palmier.    

A Secretaria de Estado de Saúde disse que o exame foi encaminho para o Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen) e que, posteriormente, será enviado para a Fiocruz do Paraná, para um diagnóstico mais detalhado. A pasta esclareceu que, mesmo com o resultado negativo, essas medidas seguem o protocolo no caso de suspeita da peste bubônica e que não há surto da doença no estado.    

Doença - A peste bubônica, também conhecida como peste negra, é uma doença que surge a partir de roedores, principalmente ratos, mas que é transmitida através de pulgas. Ao picar a pele de um humano, a bactéria (Yersinia pestis) da pulga se instala no nódulo linfático. Dessa forma, entre os principais sintomas estão as ínguas inflamadas e doloridas, febre acima de 38 graus, cansaço e arrepios.    

Se não tratada no início, a doença pode se espalhar pelo sistema linfático, gerando alto risco de morte.    

A peste teve um surto na Idade Média, causando a morte de quase 30% da população da Europa. Hoje, é considerada muito rara e, no Brasil, não há casos relatados, pelo menos, desde 2005.