Tarifa das barcas mais cara a partir de fevereiro

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A tarifa das barcas vai aumentar a partir de fevereiro de 2018. A autorização foi dada nesta quinta-feira (28) pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp). Para as barcas que fazem o trajeto Estação Arariboia-Praça XV e Praça XV-Estação Arariboia, o valor passará de R$ 5,90 para R$ 6,10. Um reajuste de 2,84%. Já para quem faz a travessia Charitas-Praça XV e Praça XV-Charitas, o preço é mais salgado. Os atuais R$ 16,50 passam para R$ 16,90 (+2,42%). Já a tarifa turística passa de R$ 16,60 para R$ 17,00 (+2,41%). As deliberações serão publicadas no dia 2 de janeiro pelo município e a concessionária CCR Barcas terá o prazo de 30 dias para informar o reajuste aos seus usuários.

A homologação tarifária foi feita com base nos contratos de concessão referente à variação do IPCA (índice de inflação calculado pelo IBGE) entre fevereiro de 2017 e fevereiro de 2018 (projetado), conforme determina o contrato. A Agetransp não autorizou o reajuste tarifário para o sistema ferroviário, logo, o valor permanecerá nos atuais R$ 4,20. 

De acordo com nota técnica da Câmara de Política Econômica e Tarifária (Capet), o IGP-M (índice de inflação calculado pela Fundação Getúlio Vargas) registrou deflação entre os meses de novembro de 2016 e novembro de 2017 (-0,86%), período de referência previsto em contrato. 

A repercussão do aumento tarifário dividiu opiniões de moradores em Niterói. Para o professor de História Gualberto Nogueira, que mora em São Lourenço e trabalha em Copacabana, o reajuste é positivo porque, segundo ele, as recentes obras na Estação Arariboia justificam o valor. 

“Quando a gente não vê melhorias, tudo bem. Nesse caso, a gente viu as obras recentes que a estação passou, então a gente até aceita”, defendeu.

Por outro lado, o advogado Cléber Santiago, morador de Itaipu e que trabalha em um escritório no Centro, criticou o reajuste das barcas de Charitas. Para ele, o valor é absurdo porque não condiz com a realidade financeira dos trabalhadores.

“É um absurdo. Enquanto a gente carece de tantas coisas, o Estado sempre arruma um jeito de colocar a mão no bolso do trabalhador. Imagina ter que pagar todos os dias R$ 34 (ida e volta) para trabalhar?”, criticou.