UFF: grevistas bloqueiam portões

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Apesar do bloqueio, não foi preciso intervenção da Polícia Federal para abertura do campus, já que os manifestantes saíram poucos minutos depois. Sintuff disse que foi ação isolada de estudantes

Evelen Gouvêa

Alunos e professores do campus Praia Vermelha, da Universidade Federal Fluminense (UFF), foram impedidos de entrar na unidade durante a manhã desta terça-feira (16), por um grupo de universitários que alegavam ser do movimento grevista. Houve discussão e alguns alunos que queriam assistir às aulas pularam o muro da unidade. Apesar da ação, não foi preciso intervenção da Polícia Federal para abertura do campus, já que os manifestantes saíram poucos minutos depois. A reitoria da UFF disse que reconhece a legitimidade da greve e respeita o direito à livre manifestação, mas exige o respeito ao direito constitucional de ir e vir.

Por volta das 8 horas, quem chegou para assistir aulas no campus da Praia Vermelha, na Boa Viagem, foi impedido, já que todos os portões da unidade estavam trancados e com faixas estendidas. Manifestantes tentavam convencer alunos e professores a aderir à greve, mas houve bate-boca.

“O campus da Praia Vermelha sempre teve aula, independente da greve. Hoje, cheguei e encontrei esta situação”, reclamou um estudante.

O grupo que bloqueou a passagem afirmou fazer parte do movimento grevista. O Sindicato dos Servidores da UFF (Sintuff) disse que soube da manifestação por meio de terceiros e que tratava-se de uma ação isolada de alunos.

Em nota, a reitoria da UFF declarou que foi surpreendida com o fechamento dos portões do campus e classificou o ato como autoritário por parte do movimento grevista.

“Atitudes intempestivas, unilaterais e ilegais, como a que se verificou hoje, não contribuem para o ambiente de democracia, paz e tranquilidade, que trabalhamos para garantir a todos, mesmo em uma situação adversa como a atual. Em adendo, ações dessa natureza criam um sério obstáculo ao estabelecimento de negociações com o movimento grevista”, declarou a reitoria.

A reitoria da UFF informou que continuará tomando “todas as medidas administrativas e legais necessárias” para evitar e reverter qualquer impedimento ao direito de ir e vir na instituição.