Acaloradas discussões digitais: como não evitá-las

Se você em algum momento se sentir triste e solitário, sem receber um “curtir” há semanas e sem engatar uma boa discussão, faz o seguinte: poste um vídeo com certo ar polêmico em uma de suas redes. É exatamente isso que costumo fazer, mas não quando me sinto assim, o que é quase impossível de acontecer, mas para ver o poder de argumentação dos amigos.

Recentemente eu postei um pequeno teaser que fala sobre burrice, da doutora em Filosofia Marcia Tiburi, numa palestra que ela proferiu no Sesi de São Paulo para o projeto InteligênciaPontoCom. O teaser, com quase dois minutos, tem atualmente quase meio milhão de visualizações e carrega abaixo das postagens que vi uma carga enorme de comentários preconceituosos, sem sequer as pessoas tivessem tido o interesse de procurar o sentido do que ela dizia.

Além disso, o que me pareceu mais engraçado é que eu pensei que não cairia nesta esparrela toda, mas alguns amigos me ajudaram a ver que todo mundo está perto da abrangência dos que sem importam com a superficialidade. Até porque, excluindo uma grande amiga, quando postei o link completo pro vídeo de quase duas horas, ninguém veio argumentar mais nada.

Mas o vídeo é espetacular e você pode encontrá-lo colocando as palavras chaves no Youtube. Eles tem quase duas horas de duração e o assunto em questão aparece pouco depois de uma hora decorrida, quando começam a abrir para perguntas. Mas se você quer entender todo o contexto, invista seu tempo para ouvir o que a moça tem a dizer.

Aliás, essa história toda me lembra muito da época do mestrado quando discutíamos o discurso de autoridade, o tal do “você sabe com quem está falando?”. É um papo típico daquele que tenta impor o seu ponto de vista ou uma autoridade conferida a outro que pode estar em posição inferior ou que, em dado momento se passa por superior – uma blitz policial por exemplo, e o abordado ao invés de cumprir certos parâmetros de comportamento já se impõe para estar um passo alem do outro.

Como o panorama é digital, não vou falar muito de política, mas como tem gente fazendo papelão na rede. Mas eu fiquei curioso, você já postou algum assunto que levantasse tanta discussão? Ou prefere compartilhar a foto dos bichinhos de estimação? (em tempo, eu faço isso também!)

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Alexandre Gazé Filho é Jornalista e gosta de um “furdunço” digital.