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Paulo Gustavo interpreta Aníbal, amigo e sócio de Fernanda (Mônica). Ela vive uma crise no casamento com a qual não sabe

Foto: Divulgação

Uma ode à autoestima da mulher. Essa é a “moral” do filme “Minha vida em Marte”, que chega no próximo dia 25 aos cinemas e contou com uma pré-estreia pra lá de badalada ocupando quatro salas do Reserva Cultural Niterói na última quarta-feira para convidados do niteroiense Paulo Gustavo. O ator, que interpreta Aníbal no longa, divide as cenas com Mônica Martelli (a Fernanda) nessa continuação de “Os homens são de Marte... e é pra lá que eu vou”. 

“Nossa amizade na vida real contribui total para o desenvolvimento do filme. Inclusive, quando a gente começou a escrever, a gente pensava: será que faz sentido isso que o Aníbal está dizendo para a Fernanda? E a referência éramos nós mesmos. Na verdade, nós somos os personagens, né? Eu brinco que só coloquei uma peruca para fazer. Eu e a Mônica somos muito parecidos também. Isso tudo é uma característica do autor: eu levo muito da minha vida para meus personagens, meus projetos, tanto que ‘Minha mãe é uma peça’ parte de uma história real”, confessa o ator, que conta que acha Niterói “pé quente” para pré-estreias. Sua mãe, Déa Lúcia, fechou uma lista com 69 amigos para assistirem ao filme na pré-estreia e acabou virando piada nas redes sociais do filho.

Com locações em Nova Iorque, Angra dos Reis e Rio de Janeiro, a adaptação do monólogo homônimo de Mônica Martelli mostra Fernanda já casada com Tom (Marcos Palmeira), com quem tem uma filha de 5 anos, Joana. O casal está em crise e vive os desgastes e as intolerâncias da rotina do casamento. Nesse momento, como em todos os outros, Fernanda tem o apoio incondicional de Aníbal, seu sócio e companheiro inseparável. A questão é: resgatar seu casamento ou acabar de vez com ele? Aníbal é o ombro amigo para desabafos e um parceiro para todas as horas.

O ator niteroiense esteve na pré-estreia do filme na última quarta-feira, dia 19, no Reserva Cultural, em São Domingos

Foto: Douglas Macedo

“Acho que ele está do lado da Fernanda para tudo e ajuda ela a atravessar esse problema com mais humor. A gente usa esse filme, que é uma comédia, para falar sobre um assunto que, na vida real, não tem graça alguma. A gente fala sobre separação, mas usando esse viés que é o humor. Você ter um amigo para poder contar em um momento difícil é bom, para os alegres também, claro. E é ótimo perceber, enfim, que a felicidade está na gente, não está no outro. Não precisamos de alguém para ser feliz. Também é ‘megaimportante’ viver o luto do fim de uma relação”, antecipa Paulo sobre alguns temas do filme.  

No elenco também estão Marcos Palmeira (Tom), Ricardo Pereira (Bruno), Heitor Martinez (Humberto), Fiorella Mattheis (Carol), Marianna Santos (Joana), Lucas Capri (Theo) e Laura Prado (a noiva). Quem assina a direção da continuação da franquia é Susana Garcia.

“A Susana vai dirigir ‘Minha Mãe é uma Peça 3’ para o cinema também. Ela dirigiu metade dos programas “A Vila”, no Multishow. Ela é diretora de tudo da vida da Mônica e tá virando da minha também. Tudo o que a gente vai fazer a gente liga pra ela, pede ajuda. Ela é muito especial, não é só uma diretora, ocupa outros lugares na nossa vida”, enfatiza Paulo Gustavo, que aproveita para falar sobre a importância da caracterização de seus personagens: “Depende muito. Os meus personagens do ‘220 Volts’ têm muito figurino: peruca, prótese no dente, maquiagem... Aquilo tudo me ajuda a embarcar na história daquele personagem. No caso da Dona Hermínia também, é uma personagem feminina, eu boto cílios e bobes no cabelo. Quando boto os bobes, já começo a virar a Dona Hermínia no camarim. O filme da Mônica também, sempre tem um trejeito diferente com uma jogada de cabelo, de franja. Vou me apropriando das perucas. Acho muito importante sim, mas tem personagem que não precisa”, argumenta.