Após dar as caras em “Capitão América: Guerra Civil” (2016), a nova versão cinematográfica do Homem-Aranha chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (6). “Homem-Aranha: De volta ao lar” apresenta o aracnídeo mais famoso das HQs, em uma versão mais jovem do que as outras já apresentadas, com 15 anos, tal qual nas primeiras histórias da Marvel Comics, do começo dos anos 60 - quando o personagem foi criado pelo lendário escritor Stan Lee e pelo não menos importante desenhista e também escritor Steve Ditko.
Estrelado pelo jovem ator britânico Tom Holland, o filme mistura influências das películas adolescentes dos anos 80 com algumas referências de clássicos como “O Clube dos Cinco” (1985) e “Curtindo a Vida Adoidado” (1986), ambos do lendário diretor John Hughes. O seu xará, o novato diretor também norte-americano Jon Watts conseguiu mostrar um Peter Parker muito bem interpretado por Holland, mais natural e espontâneo que os apresentados anteriormente por Tobey Maguire e Andrew Garfield. Na trama, ele vive os seus dilemas de Ensino Médio, ao mesmo tempo em que se descobre um super-herói. Isso tudo sem ter que contar novamente a origem do personagem, já bastante exploradas nos filmes anteriores e por causa disso deixada de fora nesse terceiro reboot.
Responsável por apresentar o personagem no filme do Capitão América, Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) é importante na trama, mas não aparece tanto quanto o sugerido nos trailers e o vilão Abutre interpretado por Michael Keaton realmente convence com suas motivações mais humanas e não megalomaníacas, se tornando assim um dos melhores antagonistas do Universo Cinematográfico da Marvel, que apesar do sucesso, sempre tende a decepcionar um pouco nesse ponto. Por fim, “Homem-Aranha de Volta ao lar” é um filme que todo fã do “cabeça de teia” esperava e merecia ver.
Não é mais do mesmo - À primeira vista, “Os Pobres Diabos”, do diretor cearense Rosemberg Cariry pode até ser parecido com “O Palhaço” (2011) - co-escrito, dirigido e estrelado por Selton Mello - no sentido estético e também por terem a trama que se desenrola através de um circo, mas as diferenças param por aí.
No filme estrelado por Chico Diaz, Sílvia Buarque e Gero Camilo, entre outros, que estreia hoje no circuito nacional, o público acompanhará o cotidiano nada glamouroso de uma trupo de atores do Gran Circo Teatro Americano quando ele chega na árida cidade de Arati, no Ceará. Sem estereotipar os personagens por serem nordestinos e circenses, Cariry mostra através de uma narrativa simples tal qual um cordel e uma fotografia belíssima, a encenação da chegada do bandido Lamparina ao inferno, quando ele descobre uma influência diabólica do próprio Lúcifer no capitalismo. Enquanto a peça ganha vida no filme, na vida pessoal dos atores algumas tragédias amorosas e existenciais margeiam e pontuam a história.
Terra à vista – Finalizado em 2015, mas só lançado agora, a animação “As Aventuras do Pequeno Colombo”, dirigida por Rodrigo Gava e que tem no seu elenco de dubladores o ator niteroiense Isaac Bardavid, Isabelle Drummond e o saudoso José Wilker morto em 2014, conta a história do jovem Cris (Cristóvão Colombo). Para tentar salvar sua família da falência, ele e seus amigos Leo da Vinci e Mona Lisa vão atrás da lendária ilha de Hi Brazil, que esconde tesouros cobiçados por todos os piratas. Eles só não esperavam serem impedidos pelo cruel povo das águas e sua terrível fera Nautilus.
Impressões humanas no gelo – “Soundtrack”, dirigido por "300ml", dupla de cineastas composta pelo carioca Manitou Felipe e Bernardo Dutra, o longa é protagonizado por Selton Mello que viaja ao Pólo Norte para realizar selfies para uma exposição fotográfica. No entanto, quando ele encontra por lá pessoas tão hostis quanto a baixa temperatura do local, ele acaba descobrindo pontos de vista diferentes sobre a vida. Além de Selton, Seu Jorge e Ralph Ineson (“Game of Thrones”) completam o elenco.