De uma hora para outra, a vida de um príncipe muda completamente. Em meio a uma festa, produzida por ele em seu castelo, uma senhora pobre pede abrigo em troca de uma rosa. Quando o príncipe começa a ridicularizar a idosa, ela mostra que, na verdade, é uma linda feiticeira e o amaldiçoa, fazendo com que os belos traços do homem se transformem em uma fera horrenda. O feitiço só será quebrado com uma condição: quando ele amar alguém e esta pessoa retribuir o seu amor. Mas há um prazo para isso: quando a última pétala da rosa dada pela feiticeira cair. O clássico “A Bela e a Fera” ganhou um live-action que estreia hoje nos cinemas nacionais.
Vivendo afastada do castelo, Bela (Emma Watson) é uma camponesa considerada estranha pelo vilarejo onde mora por estar à frente do seu tempo. Seu pai, Maurice (Kevin Kline), é um inventor considerado maluco. Ela é cortejada por Gaston (Luke Evans), homem que é disputado por todas as mulheres do lugar, mas que só tem olhos para Bela, que é taxativa em não querer se casar com o caçador.
Um dia, em meio a uma tempestade, Maurice acaba indo parar no castelo de Fera (Dan Stevens). Após roubar uma flor, o inventor se torna prisioneiro do monstro. Ao saber do acontecido, a camponesa vai até o local e troca de lugar com o pai, tornando-se prisioneira. Durante sua estadia, Bela descobre objetos mágicos que vivem no castelo, eles eram pessoas que se transformaram após o feitiço. O antagonista da história, Gaston, tem como seu fiel escudeiro Lefou (Josh Gad), personagem que causou polêmica por ser gay.
Escrito por Evan Spiliotopoulos, Stephen Chbosky e Bill Condon, o filme é uma adaptação da história da década de 90, de Linda Woolverton. O longa é dirigido por Bill Condon (de “Dreamgirls – em Busca de um Sonho”) e estrelado por Dan Stevens e Emma Watson, que recusou o papel de protagonista de “La La Land” para se dedicar ao papel da camponesa.
O roteiro é seguido praticamente à risca do original. A primeira cena mostra a transformação do príncipe em Fera. A cena seguinte, que apresenta Bela no filme, é introduzida pela canção “Bonjour”. Essa passagem musical serve para apresentar os personagens do longa. Aliás, durante todo o filme, as canções não são isoladas e, sim, uma espécie de complemento às cenas.
Com uma bela fotografia, o filme traz nostalgia a quem já assistiu a obra de 1991 e encanta todas as idades com sua magia e delicadeza. Lefou rouba a cena e funciona como uma espécie de alívio cômico. Em contrapartida, Gaston é bastante caricato, como todo anti-herói dos clássicos da Disney costuma ser, o personagem canastrão vai se transformando em um ótimo vilão.
Linda, gentil, doce e ao mesmo tempo guerreira, Emma Watson também convence com a sua Bela.