Nascida em Itaboraí, Thalita Pertuzatti passou a infância e parte da adolescência no bairro das Palmeiras, na vizinha São Gonçalo. Desde cedo, a paixão e o talento para a música falaram alto. Assim, Thalita foi trilhando seu caminho para se tornar cantora gospel.
“Não tenho apenas um, mas os dois pés no gospel (risos). Eu amo todos os estilos musicais e amo todos os ritmos, mas minha zona de conforto é quando canto transmitindo mensagens que falam de Deus, a minha razão de existir. Eu e minha família vendemos muita empadinha para que eu pudesse ir cantar nos lugares, isso é algo que não se esquece”, emociona-se.
Aos 28 anos, ela se dedica atualmente ao espetáculo “Uma saudação a Whitney Houston”, um musical em tributo a uma das grandes vozes da música internacional, que faleceu em 2012. Curiosamente, Thalita sobe ao palco para representar a grande diva norte-americana sem dominar o inglês. Ela lembra que já se arriscava cantando em outros idiomas e que, por isso, não foi novidade soltar a voz em sucessos como “I Look To You”.
“Na verdade, a maior preparação foi a respeito do inglês mesmo, o restante foi bem natural, graças a Deus. A maior pressão que sentia era quanto à recepção dos fãs da Whitney, o medo de acharem que eu estava querendo imitar, mas, após a estreia, isso passou. Apesar da semelhança de voz, as pessoas conseguem diferenciar a Thalita da Whitney”, comemora.
Durante a preparação para o espetáculo, ela contou com a ajuda do americano Nathan Coder, que assina a coreografia do tributo a Whitney.
“Como o Nathan é americano, a saia ficou bem mais justa. A exigência era maior, a percepção era total e foi uma experiência incrível”, conta.
De origem humilde, quando era mais jovem Thalita não tinha dinheiro para comprar os álbuns de Whitney. O primeiro disco da diva que ouviu foi aos 12 anos. Aos 17, ganhou um DVD duplo.
“Depois de Whitney não tive mais uma relação tão forte assim, mas curto bastante o trabalho da Beyoncé, Jessie J e outros do gênero”, enumera.
Na bagagem, Thalita já tem participações relevantes em uma série de programas de televisão: em 2009, venceu um campeonato de calouros do “Programa do Raul Gil”; em 2012, foi finalista da primeira edição do “The Voice Brasil”. Passou, ainda, pelo “Astros”, pelo “Concurso Net” e “Multishow com Maria Gadú”. A artista acredita que essas presenças contribuíram em sua jornada como artista.
“Tudo que fiz até hoje nesses nove anos de carreira contribuiu positivamente graças a Deus, desde lá do Raul Gil, que foi meu primeiro programa. Um mosaico lindo vem sendo construído com a ajuda de muita gente, sou grata por cada passo, por cada abraço, por cada palavra, por cada pessoa que me ajudou a chegar até aqui”, agradece.
No dia 20 de junho, Thalita divulgou nas plataformas digitais o single “Grito Em Silêncio”. Os planos para o futuro incluem o lançamento de mais faixas e, futuramente, “quem sabe”, um álbum. O que ela tem certeza é que a música continua com ela pelos próximos anos. Depois de se aventurar pelo teatro, a possibilidade de experimentar outras plataformas existe.
“A música faz parte de mim. Amo Cinema, TV e novas experiências. Então surgindo a oportunidade, eu abraço com certeza”, revela.
Para o segundo semestre de 2016 ela deve expandir ainda mais seus horizontes e levar seu talento para terras estrangeiras: “Uma saudação a Whitney Houston” chega à África e ao Canadá. Enquanto isso, o gospel segue como ritmo que ocupa grande parte de seu coração.
“Eu sou uma profissional da música, esse é o meu trabalho, é de onde tiro meu sustento. Canto tudo que não vai contra o que eu acredito, que é o que chamam de religião, por isso há um equilíbrio e uma relação muito estável entre os dois quesitos. Sei que Deus me deu um dom para trazer alegria aos corações”, finaliza.