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Casa Vicens, em Barcelona, projetada por Antoní Gaudí e inaugurada em 1888.
Foto: Pol Viladoms / Divulgação
Conhecido mundialmente por seu estilo único, o arquiteto e artista catalão Antoní Gaudí é o homenageado na exposição “Gaudí: Barcelona, 1900”, que entra em cartaz hoje, no Museu de Arte Moderna do Rio, em parceria com o Instituto Tomie Ohtake e coordenação artística de Chizhi.
Com curadoria de Raimons Ramis e Pepe Serra Villalba, a mostra reúne 46 maquetes, três delas em escala monumental, e 25 peças de design, entre objetos e mobiliários criados pelo artista. Especialistas em Gaudí, os curadores escolheram maquetes e detalhes arquitetônicos da Sagrada Família com o intuito do público acompanhar os processos de construção dos projetos de Gaudí, ressaltando os detalhes de sua arquitetura.
“O objetivo da exposição é mostrar ao visitante o que é a essência de Gaudí, e acima de tudo explicar por que o arquiteto possui uma singularidade. Temos, portanto, peças selecionadas para que o espectador conheça a base da sua arquitetura, que não é vista nos edifícios: a geometria regulada por um lado e usando conceitos que estão à frente do seu tempo, como poderia ser sua ergonomia. Para fazer isso contamos com as palavras do próprio arquiteto, que explica que a beleza dos objetos está em sua adequação ao uso. Afirmando que o importante é encontrar maneiras de ser eficiente e, ao mesmo tempo, bonito”, explica Raimons.
Integram também a mostra cerca de 40 trabalhos entre pinturas e objetos de outros artistas e artesãos que compunham a cena avançada de Barcelona da época. Entre os representados estão os arquitetos Lluís Domènech i Montaner, Josep Puig i Cadafalch e Josep Maria Jujol, e os artesãos Joan Busquets e Gaspar Homar. Há também 16 pinturas de artistas como Ramon Casas, Isidre Nonell, Santiago Rusiñol, Ricard Canals e Nicolau Raurich. Todos são artistas contemporâneos a Gaudí, que desenvolveram suas obras conforme os preceitos do modernista catalão. No design, móveis e objetos, que vão de maçaneta de metal a peças em cerâmica e madeira. Completam a exposição trabalhos contemporâneos dos pintores Ramón Casas e Santiago Rusinol. Todas as peças pertencem aos acervos do Museu Nacional de Arte da Catalunha, Museu do Templo Expiatório da Sagrada Família e da Fundação Catalunya-La Pedreira, em Barcelona. A coordenação-geral é da Chizhi – Organización Proyecto Cultural Internacional.
Conhecido por criar igrejas e casas com formas geométricas ousadas em Barcelona, Gaudí impulsionou a estética moderna da cidade e inspirou diversos artistas.
“Gaudí, tornou-se uma referência arquitetônica global, por isso a sua singularidade é universal. A ideia é este conhecimento ficar mais próximo do público, e quando essa pessoa vir uma imagem de uma obra de Gaudí, ou visitar um edifício pensando por ele, a compreensão será diferente. As exposições são uma maneira de ampliar conhecimento, que significa desenvolvimento humano, ajudando, assim, a sociedade”, ressalta Raimons.
Nascido na Catalunha, Espanha, de origem humilde, Gaudí demonstrava interesse pela arquitetura desde jovem. Se formou pela Escola Técnica Superior de Arquitetura em Barcelona no ano de 1877. Começou a ficar conhecido na Espanha quando foi convidado para projetar a Cripta da Colônia Güel, em 1898. A Sagrada Família, obra que o consagrou no mundo arquitetônico, foi dedicado mais de 40 anos de sua vida e segue em construção até hoje (colaborou Marina Mello).
O MAM fica na Av. Infante Dom Henrique, 85, no Parque do Flamengo, no Rio. De terças a sextas, das 12h às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h. Preço: R$ 60 (inteira). Censura: livre. Telefone: 3883-5600.
Arquitetura, design e arte de Gaudí
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