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Um giroscópio mecânico colocado sobre uma luva executa um processo de compensação, atenuando os efeitos do tremor
Foto: Divulgação
Está sendo desenvolvida uma nova luva que pretende ajudar pessoas que sofrem da doença de Parkinson a combaterem os tremores de mão. O acessório, que ainda não está pronto, já recebeu seu nome comercial: GyroGlove.
A doença de Parkinson é uma enfermidade degenerativa do sistema nervoso que tem entre as suas principais manifestações rigidez de músculos (principalmente daqueles próximos a articulações), instabilidade postural (gerando dificuldades de equilíbrio), lentidão de movimentos e os tão conhecidos tremores. A doença pode afetar pessoas mais novas, mas se manifesta com mais frequência em indivíduos com mais de 60 anos, razão pela qual é tida como uma enfermidade típica da terceira idade.
Há cerca de dois anos, Faii Ong cuidava de uma paciente com 103 anos de idade que tinha dificuldades para tomar sopa causados pelo Parkinson. Inconformado, ele foi buscar uma solução capaz de ao menos aliviar os transtornos causados pela doença. Inicialmente, Ong considerou vários componentes diferentes para criar o dispositivo: molas, sistemas hidráulicos, mecanismos robóticos, entre outros, até que surgiu a ideia de usar um giroscópio mecânico sobre uma luva. Esse tipo de dispositivo funciona como um pião, ou seja, “sempre tenta se manter erguido conservando o movimento angular”. É como se, com o seu movimento, o giroscópio executasse um processo de compensação, atenuando os efeitos do tremor. O projeto, feito com o apoio de engenheiros e outros profissionais. O giroscópio fica posicionado na parte superior da luva e, na versão final, deve ficar protegido por um compartimento plástico que também esconde a bateria. Quando o usuário realiza movimentos, o giroscópio entra em ação para criar resistência ao tremor. A intensidade e a orientação dos movimentos são controladas por um pequeno circuito.
Testes com protótipos mais recentes estão trazendo resultados bastante favoráveis. Há pacientes que estão conseguindo reduzir os efeitos dos tremores em até 90%. Com a regulagem certa para cada pessoa e o aperfeiçoamento da luva, é de se esperar que resultados ainda mais interessantes sejam alcançáveis em pouco tempo. Pacientes que usam a luva poderão recuperar uma série de atividades rotineiras que foram comprometidas pelo avanço da doença: escrever, cozinhar, tomar sopa, ler livros, usar o telefone, abrir embalagens, etc. Há alguns detalhes a serem acertados, inclusive o design final, mas Ong espera que a GyroGlove seja lançada até setembro. O preço deve ficar entre US$ 550 e US$ 850. As chances de que fique mais acessível à medida que o produto se popularize é bem alta.
Avanço contra o Parkinson
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