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O nacional “Fica mais escuro antes do amanhecer” traz um talentoso elenco, com Caco Ciocler, Lucy Ramos, Walter Breda, entre outros

Foto: Divulgação

Coincidindo com mais uma edição do Grande Prêmio de Cinema Nacional, esta semana é marcada por uma forte presença de produções nacionais, reunindo uma comédia, um documentário e dois dramas – um distópico e um realista.

Em nova forma, Leandro Hassum incorpora mais uma vez o atrapalhado candidato à presidência em “O Candidato Honesto 2”, provando que não perdeu a graça mesmo depois de emagrecer, como muitos comentários em redes sociais apontam. No longa, o político João Ernesto acaba de cumprir os quatro dos quatrocentos anos de cadeia dos quais foi sentenciado e se convence a se candidatar mais uma vez à presidência da República. Mesmo depois de ser preso, ele continua sendo adorado pelo povo por ter assumido seus erros e acaba vencendo as eleições. Porém, ao chegar em Brasília, sua vida não fica nada fácil.

Vencedor do Prêmio de Melhor Filme da seção Horizontes do Festival de Veneza, o biográfico “Nico, 1988” acompanha os últimos anos de vida da cantora Christa Päffgen, conhecida popularmente como Nico. Ela foi uma das musas do artista Andy Warhol e vocalista da banda The Velvet Underground, mas, após uma turnê pela Europa com o grupo, nos anos 1980, ela começa a despertar sua individualidade, em um momento que, num processo de autoconhecimento, estava se tornando uma nova mulher e mãe.

O nacional “Fica mais escuro antes do amanhecer” traz um talentoso elenco, com Caco Ciocler, Lucy Ramos, Walter Breda, entre outros. Na história, Iran é um rapaz que vive em um lugar marcado por extremas mudanças climáticas causadas pelo próprio ser humano. Com o tempo, os habitantes se encaminham a assistir ao último pôr do sol. Após uma grave tragédia familiar, Iran tem que lutar contra uma depressão aguda, problema que vem assolando também a população local.

Outra produção nacional da lista é “Ferrugem”, que retrata Tati, uma menina como outra qualquer, que, como todo adolescente contemporâneo, compartilha detalhes de sua vida pessoal nas redes sociais. Após ter um detalhe indesejado vazado e compartilhado em grupos de WhatsApp de sua turma, ela começa a sofrer com as consequências psicológicas e sociais.

O latino “As Herdeiras”, de Marcelo Martinessi, mostra a relação de Chela e Chiquita, duas herdeiras de famílias paraguaias abastadas que vivem da venda de seus bens. Endividada, Chiquita acaba sendo presa e a até então reclusa Chela começa, por acaso, a prestar serviço de motorista para um grupo de madames. Com a nova realidade, ela conhece a exuberante Angy, que afeta seus interesses e prioridades. 

O documentário nacional “Meu tio e o joelho de porco”, dirigido por Rafael Terpins, mistura animação, relatos e materiais de arquivo, que compõem a história de um menino que começa a ter experiências paranormais com o espírito do tio logo após achar o diário do pai recém-falecido. O menino é levado pelo fantasma para o cenário punk paulistano. 
O asiático “Takara – A noite em que nadei” se passa nas montanhas cobertas de neve do Japão, de onde, toda noite, um pescador sai para ir ao mercado da cidade. Um dia, seu filho de seis anos acorda com sua ausência e não consegue mais dormir, até que, sonolento pelas horas a menos de sono, se afasta do caminho da escola e decide vaguear sozinho pela neve. 

'Unicórnio' também está na mostra competitiva

Foto: Divulgação

Premiação acontece dia 1º no Cine Arte UFF

Começa sábado, dia 1º, com primeira sessão às 14h20, o circuito da mostra do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro no Cine Arte UFF. Serão apresentados filmes de três categorias: Melhor Longa-metragem de Ficção, Melhor Longa-metragem Documentário e Melhor Longa-metragem Estrangeiro. 
Todas as sessões são gratuitas. Ao todo serão exibidos 15 filmes, com quatro sessões por dia até segunda-feira (3), e três sessões na terça-feira (4). 

Entre os títulos estão “Bingo – O Rei das Manhãs”, “Como Nossos Pais”, “Gabriel e a Montanha”, “A Glória e a Graça”, entre outros. 

O evento é organizado pela Academia Brasileira de Cinema e acontece anualmente, tendo as premiações decididas tanto por um júri selecionado e pelo júri popular, com as votações feitas pela internet. 

“A Academia Brasileira de Cinema, junto do Grande Prêmio de Cinema Brasileiro, já tem 17 anos. A função do prêmio é premiar os melhores e também promover a cinematografia nacional.

Paralelamente, nós realizamos uma mostra em 10 estados do Brasil dos filmes classificados para a participação no Oscar, que serve para formação de plateia, promoção do filme, serve também para que as pessoas façam depois o voto popular, que escolhe os melhores das categorias”, conta Jorge Peregrino, presidente da Academia Brasileira de Cinema.