Comédia crescente

Juliana diz querer distância de uma vida tranquila

Divulgação/Jorge R. Jorge/CZN

Ao contrário da sedutora Valeska, de “Babilônia”, Juliana Alves quer distância de uma vida tranquila. No ar em sua sexta novela, a intérprete da periguete moradora da favela da Babilônia garante que as dificuldades que encontrou na profissão a tornaram uma atriz mais completa. Por isso, garante que estuda muito suas personagens para que elas tenham exatamente o tamanho pretendido pelo autor. “Tenho muito cuidado para não ‘sobrar’ em cena. Até porque Valeska é sempre um tom acima”, opina. Ao lado de Marcos Veras e Igor Angelkorte, intérpretes de Norberto e Clóvis, Juliana forma o trio que vem ganhando cada vez mais espaço na trama das 21h. Com as recentes mudanças feitas para alavancar a audiência do folhetim, a atriz soube que o triângulo amoroso ganharia mais destaque. “Nos divertimos muito em cena. Como falam por aí, temos química. E é incrível que, além de ser um núcleo bom de trabalhar, ainda tenha uma resposta positiva do público”, comemora.

Longe das novelas desde “Cheias de Charme”, de 2012, Juliana foi reservada para o elenco de “Babilônia” no início do ano passado. Desde então, começou a se preparar para viver Valeska. Por ser carioca, ela garante que já conhece o dia a dia das favelas da cidade. “Procurei me preparar mais na postura, na forma de falar e agir”, relembra. As primeiras leituras de texto com Marcos Veras também a ajudaram a entender melhor como seria o perfil da personagem. “Ela é estilosa, espevitada. Fala o que quer e não tem papas na língua. É um papel muito rico”, avalia a atriz, garantindo que as principais referências para construir o perfil de Valeska foram em cantoras americanas como a rapper Nicki Minaj. “Ela tem essa coisa de se achar uma celebridade”, diz, entre risos.

Dona de curvas exuberantes e um marcante cabelo afro, Juliana conta que, no início da carreira, chegou a ter medo de ficar rotulada e só fazer personagens parecidos. “Percebia que, mesmo no teatro, era chamada para os mesmos tipos”, relembra. Por isso, começou a ficar mais seletiva com seus trabalhos, tanto nos palcos quanto na TV. “Sabia que ia chegar uma hora em que eu ia ter uma personagem diferente”, relembra. (Anna Bittencourt/TV Press)