A cultura hip-hop desde o início

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No início da década de 1970, o DJ Kool Herc lançou o hip hop em suas festas no Bronx, em NY, e o ritmo não parou mais

Foto: Divulgação

1973. Foi nesse ano, no agitado bairro do Bronx, em Nova York, que o DJ Kool Herc organizou uma festa que mudou os rumos da música. Usando dois toca-discos, os DJs  repetiam as viradas das músicas e também aumentavam a sua duração. Assim, as pessoas dançavam por mais tempo, em um estilo que ficou conhecido como breakdancing. Em seguida, surgiu o MC, ou Mestre de Cerimônias, que acrescentou rimas às batidas, para deixar as festas ainda mais animadas.

Desde a primeira festa do DJ Kool Herc, a cultura hip-hop se transformou em uma grande potência da música, da dança, da arte, da moda e muito mais.

Pelos anos 90, o rap começava a se destacar, mas era muito pesado. As letras eram, na maioria das vezes sobre desigualdade social e sobre a grande e histórica guerra entre rappers da Costa Oeste e da Costa Leste. Essa rivalidade teve seu fim nitidamente decretado com a morte dos rappers Tupac Shakur e Notorious B.I.G. em 1996 e 1997.

O que mudou de lá para cá é que, de música de protesto, o rap passou a ser uma música de mercado. Havia uma tendência já desde os anos 90 para suavizá-lo, pelo diz respeito à temática. Michael Jackson usou elementos de rap, a girl group TLC ganhou o Video Music Awards com canções de amor que já pareciam um pouco com o hip hop de hoje.

A partir do fim dos anos 90 surgiram nomes essenciais para que o gênero se torna-se de fato um grande business. Kanye West, Jay-Z, Lauryn Hill, Eminem, Snoop Dogg, por exemplo, deram esse start para o mainstream.

Mesmo com tanto espaço no mainstream, o hip-hop manteve a pegada contestadora e crítica no som de muitos artistas. Prova disso é o trabalho de Kendrick Lamar. O álbum Damn, um dos responsáveis pelos altos números do gênero em 2017, aborda diversas temáticas com conteúdo político e social.

O hip-hop, principalmente no rap, sempre foi político, mostrando a realidade, o que acontece no dia a dia de uma região, os problemas., ele sempre mostrou isso.

Neste ano, pela primeira vez o Hip-hop se tornou o gênero mais consumido no mundo. Drake é o líder nas principais plataformas de streaming, seguido de perto de Kendrick Lamar, Lil Uzi Vert e Post Malone.

Desde maio, 6 álbuns deram um “Q” a mais nesse gênero e aqui você saberá um pouco mais, são eles: Daytona, de Pusha-T; Ye, de Kanye West; Scorpion, do Drake, Astroworld, do Travis Scott; Queen, da Nicki Minaj; e Kamikaze, do Eminem.

DAYTONA – PUSHA T: Em seu terceiro álbum, Pusha-T revela o seu melhor e mais ousado lado musical.Com apenas 7 faixas, ele consegue passar pelo R&B, onde foi criado, até chegar ao rap mais pesado. Produzido por Kanye West, a faixa “Infrared” acusa Drake de usar “escritores fantasmas”, ou seja, ele diz que não é o próprio que escreve suas músicas.

YE ­– KANYE WEST:  Talvez seja o primeiro álbum (seu 8º) em que a genialidade do Yeezy (seu apelido) seja posta à prova. Com o clássico “Arroz com feijão”, que sempre deu certo, o álbum foi lançado em um período de instabilidade emocional, delírios e declarações polêmicas. É uma obra focada nos seus dramas pessoais, principalmente na faixa “All Mine”.

SCORPION – DRAKE: Cansativo, mas convincente. Com 25 músicas, o álbum é dividido entre R&B, pop e rap. Nele, o cantor navega por confissões, crônicas pessoais e reflexões sobre vida de celebridade. Muita gente diz que Drake não sabe rimar, mas é na primeira metade do disco que entrega seus momentos mais potentes, como na música “God’s Plan”.

ASTROWORLD – TRAVIS SCOTT:  Em seu terceiro álbum de estúdio, esse é o ponto mais alto, por enquanto, de uma discografia que só cresce em qualidade. O álbum é “escoltado”, seja pela ascensão do Trap ou pelo estilo “Kanye West” de ser que Travis adotou: ‘Fazer aquilo que gosta, mesmo que sem grandes riscos e sem exageros’.

QUEEN – NICKI MINAJ: Seu quarto álbum não apenas deve marcar como o seu melhor até agora, como evidencia um fato importante para uma rapper: ela sabe segurar a barra sozinha. Em “Barbie Dreams”, Nicki faz uma referência direta à faixa “Just Playing (Dreams)”, de The Notorious B.I.G., onde lista rappers e cantores e justifica seus desejos sexuais com cada um.

KAMIKAZE – EMINEM:  Feroz, brutal e viciante. Ele está de volta! Após ser bastante criticado no álbum “Revival”, Eminem veio com tudo e fez com que o “Kamikaze” batesse de frente com o seu melhor álbum, o “The Eminem Show”. Com 13 faixas e participações espetaculares esse álbum, que é o décimo de estúdio dele, se tornou uma verdadeira aula de rap.