Desvendando Jesus Cristo

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O ateu Marco Polo aceita o desafio em livro de Augusto Cury

Foto: Reprodução

“O Homem Mais Inteligente do Mundo”, do psiquiatra, pesquisador e autor de livros Augusto Cury, foi escrito a partir de 15 anos de estudos e pesquisas e é considerado pelo autor uma obra vital de sua carreira. Na história, o psiquiatra Marco Polo é um cientista respeitado, especialista no funcionamento da mente e autor do primeiro programa mundial de gestão da emoção.

Ateu convicto, Marco Polo, em uma de suas palestras em Jerusalém, na ONU, é desafiado a estudar a inteligência do homem mais famoso da história: Jesus. Por não acreditar que o filho de Deus existiu, o cientista opina que religião não deve ser misturada com assuntos da ciência. Entretanto, é convencido por uma plateia de intelectuais de que sua inteligência precisa ser usada no que eles consideram uma história brilhante. Assim, Marco aceita o desafio, monta uma mesa-redonda composta de profissionais para analisar a mente de Jesus. O assunto estudado é sempre sob os ângulos da ciência e não da religião.

O livro aborda o conceito da gestão de emoção, e de como a sociedade ainda vive na idade da pedra nessa questão. Ou seja, segundo o autor, a sociedade ainda não aprendeu temas como: não sofrer por antecipação, se cobrar e se frustrar menos, amar a si e ao próximo, enfim, assuntos que levam a uma população extremamente irritada e, por muitas vezes, doente.

Ao lado de um amigo neurocientista e também ateu – que desacredita e implica com a história a todo o momento –, dois doutores teólogos e sua assistente como moderadora, Marco propõe grandes debates psicofilosóficos no decorrer da trama, e ao avaliar se Jesus foi um bom gestor da emoção, se depara com fatos que confrontam sua convicção cética. Em cada reunião, você conhece um outro lado de alguns dos personagens bíblicos conhecidos, um lado mais científico, que mostra como o messias teve que lidar com pessoas tão humanas e como isso colocava à prova o autocontrole e a maneira de gerir suas emoções.

Os personagens analisam o tema e são afrontados por vivências pessoais e sonhos, que os levam a reavaliar condutas e formular novos paradigmas, se transformando no decorrer do debate, assim como os leitores do livro. É surpreendente a análise tão profunda e inteligente de pessoas como Maria Madalena e o apóstolo Lucas. E, mesmo assim, o livro não há um público específico, não é preciso ser ateu ou religioso para se interessar por ele. A cada trecho lido, surgem novos ensinamentos e questionamentos que nos fazem analisar nossa história, ações e atitudes.