“A gréve
A greve é a vontade dispotica de uns e o attentado a Liberdade de outros.
Cada individuo é livre de escolher o trabalho que mais lhe apraz ou que melhor vae com sua natuyreza, gente, inclinação, preferencia a não ser que se imponha por aleijão e desvios corporaes ou mentaes.
O trabalho foi, é e será, pois, a partilha da humanidade e a vida das sociedades antigas ou modernas até o fim dos seculos.
Se o homem para de trabalhar deixa de produzir para si e para outrem, em prejuizo da collectividade.
E o que succede nas greves.
Entretanto, bem estava, se fosse só esse o prejuizo material: mas elle alcança também o moral reduzindo os laboratorios e officinas da actividade industrial a uma especie de estado de sitio, que tudo paralisa com a suspensão das liberdades do trabalho. E o mais singular ainda é que os agentes de greves ou o operariado parece não ter consciencia do mal causado com a cessação do exercício e muito menos com a violencia imposta aos patrões de aumento de salario ou reducção de horas de serviço ou readmissão de pessoal. A suspensão brusca do trabalho sujeita os patrões a grandes prejuizos, como multas. E os transtornos e prejuizos das greves não param ahi. Elles se estendem a uma sociedade inteira que é attingida pelas consequencias da paralysação repentina de um serviço qualquer como de uma estrada de ferro (...)”
(Transcrito do texto original)
Há um século
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