Jazz, Blues e outras bossas

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O niteroiense Marcelo Martins já tocou com Ivan Lins e atualmente acompanha Djavan em turnê

Foto: Divulgação
 

Niterói é uma cidade musical, conhecida por ser berço de grandes músicos. Apesar disso, muitos desses artistas se apresentam pouco na cidade. Por isso, o festival “R.O. Jazz, Blues e outras Bossas” visa promover o encontro desses artistas a partir do dia 7 de julho até o dia 29 de setembro, sempre às 22h, no Armazém e Botequim Granel, em Piratininga, que completa 9 anos.

A ideia do festival surgiu quando o coordenador do selo Niterói Disco, Luis Otavio Torreão, sugeriu organizar um evento musical com nomes de artistas que já gravaram pelo selo. “Falei com o João, do Granel, e ele abraçou a ideia. Ficamos viajando na possibilidade de fazer esse festival. Só fiquei meio na dúvida se iríamos conseguir juntar todo mundo. Mas, fizemos uma seleção e conseguimos reunir esse time fantástico”, conta Luis.

Segundo o organizador, o festival “R.O. Jazz, Blues e outras Bossas” é um marco para a cidade, pois a maioria dos músicos é de Niterói, mas trabalha pouco na sua terra natal. “Eles rodam o Brasil e o mundo, e é difícil estarem aqui fazendo shows para a nossa galera. Esse contato é muito importante e essa foi a ideia: juntar esses músicos que a gente vê tocando com grandes artistas, mas que tocam pouco na cidade. Tenho certeza que vai ser bem bacana”, comemora.

Quem abre o festival, na próxima quinta-feira, é o bandolinista, violonista e guitarrista Sergio Chiavazzoli. O artista já se apresentou ao lado de grandes nomes na música como Oswaldo Montenegro, Maria Bethania, Milton Nascimento, Belchior, Moraes Moreira, Alejandro Sanz, entre outros, e toca há mais de 20 anos com Gilberto Gil, sendo, atualmente, seu diretor musical. “Com Oswaldo Montenegro toco até hoje e somos mais do que parceiros musicais, somos uma família. Oswaldo me ensinou muita coisa sobre o palco, ele é danado nisso! Gilberto Gil é um músico incrível e um ser humano muito especial! Tenho muito orgulho de fazer parte da música dele, e mais orgulho ainda por ele confiar a direção musical dos seus projetos”, confessa Sérgio.

Para a apresentação, o músico preparou um repertório com músicas que ele compôs e algumas canções que gostaria de ter escrito, como: valsas, choros, baiões, rock, bossas e muita improvisação. “Vou fazer um duo com o baixista e violonista (7 cordas) Adalberto Miranda, e o público pode esperar muita musicalidade e virtuosismo na nossa farra musical. Espero muita diversão!” diz.

Apesar de ter nascido no antigo Estado da Guanabara, Sérgio afirma ter adotado Niterói como cidade do coração. “Tenho muito amor pela cidade e considero o niteroiense o povo mais carinhoso do Brasil. Aqui criei minha família e tive toda a minha formação, tanto musical como de ser humano. Sou muito grato de ter na minha personalidade o modo compreensivo e amigo do niteroiense”, revela Sérgio. 

Segundo o músico, o festival é importante, pois Niterói sempre foi uma cidade artística. “O festival sempre é um grande evento para divulgação da cultura local. É muito legal quando falo que sou de Niterói e as pessoas dizem: ‘é uma cidade muito preocupada com a cultura’”, conta Sérgio.

No dia 15 de setembro, o saxofonista, flautista e arranjador Marcelo Martins sobe ao palco ao lado do músico Marcos Nimrichter. Os dois já se apresentaram juntos em duo várias vezes. Embora ainda não esteja definido, o repertório terá standards da MPB e do jazz, e músicas autorais já gravadas do álbum “Do Outro Lado”, de Marcelo Martins e do CD homônimo do Marcos Nimirichter, além de algumas inéditas.

Pedro Braga encerra o festival no dia 29

Foto: Divulgação

O niteroiense Marcelo Martins já tocou e gravou com grandes nomes da MPB. Ele fez parte da banda do Djavan de 1990 a 2000, indicado pelo contrabaixista Arthur Maia, atual secretário municipal de Cultura. De 2006 a 2011, tocou com Ivan Lins. E ainda fez algumas gravações e shows com Gilberto Gil e Caetano Veloso. Atualmente Marcelo toca novamente com o Djavan e viaja bastante em turnê ao lado do músico. O artista afirma que gostaria de ter mais oportunidades de tocar em sua cidade natal.  “Continuo trabalhando com vários artistas da MPB, mas minha história musical começou em Niterói. Quando comecei, tocávamos em bares como o Duerê, Nó na Madeira, Farinata, Água na Boca e muitos outros que fecharam... Hoje, temos poucos lugares para se fazer música na cidade. Portanto, esse festival traz para mim um pouco do clima desta época, quando nós tocávamos mais por aqui!”, lembra Marcelo.

No dia 29 de setembro, encerrando o festival, o músico Pedro Braga, que toca sete instrumentos de corda, como bandolim, violão e guitarra, faz apresentação com sua banda. O músico também já tocou com nomes consagrados como Roberto Carlos, Daniela Mercury, Rosemary, Dalto, entre outros. “Gosto muito de trabalhar com outros artistas, pois cada um tem suas particularidades. É uma outra forma de me expressar com o meu instrumento, participando de vários estilos diferentes e isso enriquece não só o repertório, mas a experiência como músico”, afirma.

O repertório do show será de músicas autorais e de canções conhecidas do público, no qual o músico faz a sua própria leitura. Com estilos entre o blues, o rock e a MPB, Pedro Braga tocará guitarra, violão, bouzouki (instrumento grego), e dobro (instrumento característico do blues e do country americano). “Teremos algumas participações, como o Luis Otávio e o Neneco da Banda Colorado da qual eu fiz parte, a Adriana Ninsky e os meus filhos Henrique Chaffin e João Pedro Bastos. Como eu gosto de dizer é bom celebrar a música!”, afirma.

O Armazém e Botequim Granel fica na Rua Des. Leopoldo Muylaert, 184, Piratininga, em Niterói. Nos dias 7 e 21 de julho; 4 e 18 de agosto; 1º, 15 e 29 de setembro; sempre às 22h. Reservas: R$ 50 (mesa para 4) e R$ 25 (mesa para 2). Censura: livre. Telefone: 2619-4968.