O Mestre

Entretenimento
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A androginia ou a falta de barreiras de gênero foi uma das bandeiras de Bowie

Foto: Divulgação

O legado de David Bowie vai muito além da música. O artista britânico, que teve a morte anunciada na última segunda-feira, dia 11, aos 69 anos, influenciou a cultura pop também por seu comportamento transgressor e suas ousadias e experimentações visuais. Autor de álbuns icônicos como “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars” (1972) e “Heroes” (1977), ele foi glam e celebrou o look andrógino. Foi de adepto do “mais é mais” ao minimalismo. E sempre causando e inspirando fãs e fashionistas.

O fim da barreira entre a roupa masculina e feminina é o assunto mais pulsante da moda atual e teve um pioneiro há mais de 40 anos, nos anos 70, em Bowie. Suas personas, de Ziggy Stardust a Thin White Duke – em especial Ziggy – transpiram essa liberdade de ser homem, mulher, ou um misto indefinido de ambos, com a possibilidade transgressora de não precisar se encaixar em definições formais.

Ziggy Stardust, do álbum “The Rise and the Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars” (1972), é um astro do rock mensageiro de extraterrestres e o alter ego mais famoso de Bowie, referência de estilo até hoje, com sua imagem glam rock, andrógina, que divulgava sua sexualidade livre e ambígua. Antes houve o astronauta Major Tom, do seu hit “Space Odity”(1969), e, depois, Thin White Duke, com seu visual meio dândi, meio cabaré, sombrio, com camisas brancas, colete e calças escuras, de sua fase do álbum “Station to Station” (1976). Bowie são muitos, por isso é eterno.