Quando destruir um livro vira diversão

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Livro aborda a ideia de como podemos significar novamente o olhar sobre algo

Foto: Divulgação

O inovador título “Destrua este diário”, lançado pela Editora Intrínseca em 2013, mostra o quanto podemos significar novamente o nosso olhar sobre algo. Um diário costuma servir para anotar ideias, memórias ou registros do cotidiano. Keri Smith, ilustradora e artista canadense, inventou um tipo diferente de diário que exige do usuário uma interação mais lúdica e inusitada. 

Com a proposta de estimular a criatividade e questionar convenções sobre a forma como lidamos com os objetos, “Destrua este diário” nos convida a rasgar páginas, rabiscar, pintar fora das linhas, manchar e até mesmo levar o livro para o banho. A ideia surgiu quando a autora começou a refletir sobre o início da sua carreira como artista e percebeu que o perfeccionismo tão exaltado na nossa cultura era um grande empecilho do processo criativo. A experiência fez com que ela entendesse que é preciso esculhambar a monotonia e o lugar-comum para que o novo possa surgir.

Em cada página o leitor irá encontrar inúmeros desafios que podem ser cumpridos da maneira que quiserem e sem uma ordem predeterminada. Outras instruções do livro interativo são: “Enumere as páginas você mesmo”, “Dê para alguém sua página favorita”, “Pegue o diário sem usar as mãos”, “Arranhe com um objeto afiado”, “Venda esta página”, “Fure esta página com um lápis”, “Rabisque com selvageria”. Este é um livro para pessoas que não têm medo de ousar, de dar asas à imaginação e de deixar fluir a energia criativa que existe dentro de si e que, muitas vezes, fica aprisionada pela rotina corrida.