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Humorista traz para a cidade o espetáculo “Bullying Arte – Seja onde for o limite do humor, estamos na fronteira”. Léo se autoproclama o “rei do humor negro”

Foto: Divulgação

Com seu humor ácido e polêmico, o comediante Léo Lins chega a Niterói com o espetáculo “Bullying Arte – Seja onde for o limite do humor, estamos na fronteira”, que estará em cartaz pela primeira vez na cidade, sábado (16) e domingo (17), às 19h, no palco do Teatro Abel. 

A polêmica já começa pelo nome do espetáculo. Apesar de ser um termo controverso, Léo explica que não se trata do bullying que conhecemos como ofensa, mas aquilo que se impõe como barreira ao exercício do humor. 

“‘Bullying Arte’ é um termo que criei acidentalmente e representa diferentes vertentes do humor que permeiam o politicamente incorreto, como humor de insulto e humor negro. Alguns anos atrás, usei esse termo espontaneamente em um quadro do ‘The Noite’ (programa apresentado pelo humorista Danilo Gentili no SBT). Nas semanas seguintes, vi outros humoristas e colegas usando o termo e percebi que ele tinha potencial. A partir daí, adotei como nome do show, antes mesmo do show estar pronto”, conta o humorista, que se auto intitula “Rei do Humor Negro”.

Léo Lins já recebeu diversas críticas ao seu trabalho por conta de suas piadas ácidas. A mais recente, feita em um episódio do programa “The Noite”, sobre a queda do avião que transportava os jogadores da Chapecoense (tragédia ocorrida em 2016, que deixou 71 pessoas mortas), causou uma onda de indignação e críticas ao humorista nas redes sociais.

 “Humor não tem limite e creio que as críticas fazem parte. Sou a favor da liberdade de expressão, portanto, da mesma forma que posso fazer uma piada, alguém pode criticá-la. O problema acontece quando a crítica tem o intuito de me impedir de contar a piada, isso vai justamente contra a liberdade de expressão”, explica Léo Lins. 

Para o roteiro de “Bullying Arte”, Léo preparou temas nada leves. Em meio ao show, aborda sobre relacionamentos adolescentes e conta episódios como a vez em que teve seu visto cancelado, vetado, portanto, de ir ao Japão. Seu nome está envolto em tanta polêmica que, na época, foi divulgado que a causa do veto havia sido um vídeo onde o humorista fazia piadas sobre terremotos. Após a polêmica, foi esclarecido que a causa era outra completamente diferente do divulgado. 
 
“O show tem um texto fixo, porém, há um espaço onde convido voluntários da plateia para subir, momento das piadas de improviso. Podem ir tranquilos, pois só sobe quem quer. Esse é um momento onde preciso estar muito atento, pois as piadas acontecem na hora”, adianta Léo, hoje considerado um dos nomes mais conhecidos do humor nacional.

Léo Lins começou a testar seu talento como humorista durante a faculdade, onde costumava escrever suas piadas. Em 2004, foi convidado para subir ao palco como mágico, quando notou sua competência para animar o público. Começou aí a carreira de humorista. Em 2010, começou sua trajetória na TV como redator do programa “Legendários”, na Record. De lá foi para o programa “Agora é Tarde” ao lado de Danilo Gentili, e hoje o acompanha no “The Noite” como repórter. Assim, ganhou visibilidade e reconhecimento. 

“O segredo para ter sucesso como humorista é fracassar em todas as outras profissões. Cheguei a trabalhar como professor de capoeira, de educação física, monitor de recreação, mágico, e, já que nada deu certo, tive bastante material de onde tirar piadas”, admite. 

O Teatro Abel fica na Rua Mário Alves, 2, em Icaraí, Niterói. Sábado e domingo, às 19h. R$ 70 (inteira). Classificação: 14 anos. Telefone: 2195-9800.