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Ao todo, 18 músicas integram o CD “Starboy”, incluindo parcerias com Lana Del Rey, Kendrick Lamar, Daft Punk e o rapper Future
Foto: Divulgação
O cantor e produtor canadense Abel Makkonen, mais conhecido como The Weeknd, lançou seu novo disco “Starboy” no final de novembro nas principais plataformas digitais. Popular por seus hits “I Can’t Feel My Face”, “Often” e “Wicked Games”, o músico volta ainda mais dark e mergulha em símbolos e ocultismos para narrar questões sobre a vida noturna, fama, amor, e principalmente, o sexo. Ao todo, são 18 músicas que integram o CD , incluindo parcerias com Lana Del Rey, Kendrick Lamar, Daft Punk e o rapper Future.
A faixa-título que inicia o álbum, em parceria com Daft Punk, estreou há pouco mais dois meses e foi um preview do que o público poderia esperar dessa nova fase do artista, com mais influências eletrônicas e menos R&B. Se em “The Beauty Behind Madness”, The Weeknd experimentou diversos gêneros musicais e flertou até com canções bem diferentes de seus trabalhos anteriores, como “In the night” e a própria “Earned It”, em “Starboy”, ele vai ainda mais longe e abusa dos sintetizadores.
É em “False Alarm” que “The Weeknd” utiliza as batidas mais frenéticas enquanto grita ao fundo o título da canção. No clipe, ele participa de um crime onde em mantém dois reféns enquanto enfrentam os policiais na cidade. Todo o vídeo é filmado com uma câmera de mão como se fosse em primeira pessoa. Outros destaques ficam por conta de “Party Monster”, “Rockin’”, onde é clara a referência à Michael Jackson, “Secrets” (que tem sampler da música “Pale Shelter”, do Tears For Fears), onde Abel trabalha com sonoridades diferentes de sua voz. As parcerias também mantém a qualidade do disco: nos dois trabalhos ao lado de Daft Punk (Starboy e I Feel It Coming), The Weeknd consegue se sair bem em meio a batidas mais eletrônicas e um dark pop. Com os rappers Future e Kendric Lamar, Abel entra em sua zona de conforto e flerta com o rap e o hip-hop, características presentes em seu primeiro CD. Ele também retoma sua síntese musical com Lana Del Rey em “Stargirl”, canção mais destoante do álbum (que parece ter sido retirada de qualquer obra da cantora), e em “Party Monster”, onde Lana faz backing vocal.
Longe de querer se tornar mais um produto de sucesso, The Weeknd é um dos poucos artistas do momento que consegue inovar sem perder a personalidade. “Starboy” é um desses álbuns que pode estar distante de alcançar a qualidade de “The trilogy”, a mixtape do músico lançada no início de sua carreira, mas que, mesmo assim, traz a inovação que o artista manteve enquanto se dedicava ao público alternativo. Enquanto “Beauty Behind The Madness” pareceu uma tentativa de agradar ao mainstream, “Starboy” mostra que o canadense caminha para maturidade musical e tem tudo para se tornar um grande sucesso.
The Weeknd explora batidas eletrônicas e pop
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