Sensação de insegurança afeta a economia

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Temos visto nos últimos dias inúmeras notícias sobre assaltos em Niterói, os quais terminaram com pessoas baleadas ou esfaqueadas. Isso nos traz uma preocupação muito grande, porque apesar de todos os esforços do governo municipal para angariar mais verbas estaduais para a segurança, as ações têm sido insuficientes para conter a mancha criminal. E este não é só um problema da nossa cidade. O mesmo acontece com o Rio de Janeiro, que vem registrando casos como o do médico esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas e o do idoso ferido no Centro. Estamos tão próximo à realização das Olimpíadas de 2016 e isso nos faz lembrar que, quando o Rio sediou a Eco 92 – evento internacional que discutiu medidas de prevenção ao meio ambiente em 1992 –, o Estado viveu momentos de extrema sensação de segurança. Não podemos dizer o mesmo às vésperas dos jogos olímpicos. Parece que o Governo do Estado tem a percepção de que precisa proteger apenas a cidade do Rio e essa não é a realidade. É preciso proteger também os municípios da Região Metropolitana. Sabe–se que boa parte dos crimes ocorridos em Niterói são realizados por pessoas vindas de fora do município.

Nossa cidade tem sentido o impacto do aumento da criminalidade, não apenas na questão social, mas também na questão econômica. O setor de restaurantes e bares noturnos, por exemplo, vem registrado queda nas vendas. As pessoas estão evitando ficar na rua até mais tarde. Pedimos a sensibilidade das autoridades de segurança do Estado. Solicitamos que prestigiem Niterói com ações diretas e efetivas. A principal delas seria destinar o 12º BPM ao patrulhamento exclusivo. A quantidade de policiais lotados nesta unidade já não é suficiente para garantir a proteção dos moradores de Niterói e Maricá.

Estamos felizes com a implantação do Cisp, que consiste na instalação de 500 câmeras de monitoramento. Também estamos confiantes de que o projeto do secretário municipal de Segurança Pública, coronel Marcos Jardim, de armar a Guarda Municipal trará bons resultados. No entanto, precisamos da atuação de órgãos de outras esferas. É preciso que haja um patrulhamento da Guarda Costeira na Baía de Guanabara para impedir a entrada de armas. Precisamos impedir a entrada desse material. Assim como precisamos do apoio da PRF para fazer a mesma fiscalização na Ponte Rio–Niterói. Uma cidade segura é uma cidade que consome. O melhor exemplo disso, foi o da cidade de Nova York, que tinha índices alarmantes de homicídios e roubos. Foi então instituído o programa de segurança chamado “Tolerância Zero” e, hoje, os governantes colhem os frutos de uma cidade segura. Precisamos unir forças da sociedade civil constituída; do Conselho Municipal de Segurança; do poder público municipal; da Câmara, através de sua Comissão de Segurança; e de autoridades do Governo do Estado para desenvolver ações inteligentes e superar este problema que é de todos.

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