Choro e tristeza de Rodrigo Pimpão pelos amigos perdidos

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O atacante Rodrigo Pimpão concedeu coletiva com o emblema da Chapecoense

Foto: Vítor Silva / SSPress / Botafogo

Uma tragédia de dor indescritível para o esporte mundial. A Chapecoense, clube em franca ascensão no cenário nacional, viajava para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana e teve seu sonho interrompido com a queda de seu avião.

A dor é grande e os 71 mortos jamais serão esquecidos. Em entrevista coletiva, o atacante Rodrigo Pimpão falou sobre o amigo Arthur Maia, com quem jogou no América-RN. O meia estava na aeronave. “Ontem acordei, vi a notícia no celular e acabei acordando a minha esposa. O Arthur era um companheiro, frequentava a minha casa. Trocamos até camisa no último jogo. Meu filho e minha esposa estavam esperando ele acabar o treinamento para dar um abraço. Isso marca e ontem a minha esposa usou o dia inteiro a camisa dele. Fico imaginando se fosse comigo, o que iria fazer? Pensamos nesses jogadores e nos familiares deles e da imprensa. É triste, um momento difícil, mas sabemos que estarão brilhando sempre”, disse o emocionado Pimpão. 

Pimpão concedeu entrevista com a flâmula da Chapecoense à sua frente. O jogador também falou da tristeza geral pela perda de muitos jornalistas. O jogar prestou solidariedade aos familiares e destacou a importância de viver cada segundo. “Não é fácil falar do assunto e para vocês(imprensa) também não. Perdas no futebol e no jornalismo também. Ontem vivemos um dia atípico. Ontem perdi um amigo, mantive o contato com os familiares e estavam em choque. Que a gente possa viver cada segundo que temos com nossos filhos. Que Deus conforte os familiares e que as estrelas deles brilhem lá no alto como brilharam nesse ano”, falou. 

Pimpão ainda falou sobre a dor do amigo Camilo que atuou pela Chapecoense no ano passado. “A gente estava conversando agora. No caso dele não foi uma pessoa e sim trinta. A pessoa tem que ter muita cabeça nesse momento, pensar na família. Agora é tocar a vida. Agora estão vendo a gente de um lugar confortável. É mais difícil para esses que tinham mais companheiros. É tirar força para ter uma energia mais positiva. Difícil demais falar sobre isso”, disse. 


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