Quando já parecia acomodado, Muricy Ramalho mudou o protocolo ao conceder coletiva na Gávea, nesta sexta-feria (19), e não informou sobre o time que vai a campo em Brasília (DF), domingo (21), no clássico contra o Fluminense. Até então, o treinador vinha antecipando os onze iniciais antes mesmo do dia do jogo.
Além do mistério sobre a escalação, o treinador rubro-negro também concentrou seu discurso na importância de conversar com os atletas para prevenir as lesões. Poupados no jogo do meio de semana, contra o América-MG, válido pela Primeira Liga, Emerson Sheik e Alan Patrick trabalharam normalmente sob sol forte desta sexta e devem voltar ao time no clássico.
Contudo, a situação de Emerson ainda exige cuidado.
“Estamos atentos ao desgaste. Ele é jogador de explosão, usa muito a parte muscular. O que vamos fazer é não correr risco de lesão. Quem estiver com incômodo, sai”, declarou, pregando a mesma atenção à situação de Juan.
“Vamos ver porque ele tem respondido bem, atuado em todos os jogos”, falou, completando em seguida.
Tudo é controlado pelos exames, inclusive exames de sangue. São importantes, mas o que define é a nossa conversa com o jogador. Ainda não tivemos uma lesão porque tomamos cuidado. Estamos usando muito os recursos que temos à disposição.
Depois de fazer a estreia oficial no Espírito Santo, o colombiano Cuéllar segue com um programa especial de treinos para retomar a forma ideal o mais rápido possível. E é contra o desgaste que Muricy quer fazer todo o elenco lutar para conseguir se sobressair diante do rival.
“A gente ainda não está 100% preparado, mas é importante para movimentar o campeonato. Não é decisivo ainda, porque nosso time está pensando mais na frente. O problema é que os dois times vão ter o desgaste da viagem, mas o jogo tem de tudo para ser bom”, destacou o comandante, que já pensa em colocar um time alternativo em campo diante da Cabofriense.
“Temos um plantel para o ano todo. Temos várias competições. Um time de futebol não são só 11. Várias competições vão acontecendo. Temos problemas de distância. Por isso temos que tomar cuidado. Vamos começar, depois do próximo jogo, a fazer várias mudanças, até porque não estamos treinando. Já na quarta-feira, em Macaé (contra a Cabofriense), vamos começar a mudar e fazer esse tipo de trabalho. Então não temos problemas em relação ao número de jogadores. O rodízio é importante e todos terão oportunidades”, disse.
O treinador aproveitou ainda para falar sobre a recuperação do meia Ederson, que ainda não atuou na temporada.
“Começou há pouco tempo o trabalho de campo e bola. Ficou afastado porque tinha uma diferença muscular, mas ela já diminuiu muito. Semana que vem ele passa a entrar no processo de jogo, vai participar de jogo-treino com a base. Temos que esperar um pouco mais”, disse.
O comandante flamenguista ainda avaliou as opções para escalar a dupla de volantes do time da Gávea.
“Fazer duplas é mais fácil, porque eles jogam um do lado do outro e saem para o ataque alternados. Por exemplo, jogando com o Arão, o outro fica mais, porque o forte do Arão é a chegada ao ataque”, finalizou.
O Flamengo ocupa atualmente a segunda posição do Grupo B do Campeonato Carioca com sete pontos ganhos em quatro rodadas. O líder da chave é o Botafogo, com 12 pontos e cem por cento de aproveitamento.