Arte que encanta os olhos e faz bem ao corpo

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Com uma beleza ímpar, os exercícios somados ao pano de fundo da orla da cidade de Niterói transformam a prática em um verdadeiro show ao ar livre

Foto: Douglas Macedo

Modelar o corpo, se exercitar, ter paz interior. Tudo isso combinado com a belíssima vista do Museu de Arte Contemporânea de Niterói e da orla do município. A cidade que é berço de diversos esportes continua a inspirar moradores à prática de exercícios que fazem bem não só para a saúde, mas também para a mente. E o tecido acrobático, uma técnica circense, vem ajudando a estudante de jornalismo Tarsila Meirelles, de 20 anos, a se encontrar e passar isso à frente. 

“Comecei a praticar quando eu tinha oito anos. Minha mãe percebeu que eu era muito agitada, então me colocou na aula de circo na Fundição Progresso. Não só tecido acrobático, mas também lira, perna de pau... Fiquei até os 12 anos e segui praticando. Com material, que é fácil conseguir, continuei treinando em casa. É algo viciante, faço sempre que posso, e agora resolvi passar isso para frente, ensinar a técnica a outras meninas. E nada melhor que usar Niterói, cidade em que nasci e tem essa vista maravilhosa, para praticar e ensinar”, explica. 

A niteroiense Tarsila Meirelles, de 20 anos, realiza os exercícios há 12 anos

Foto: Douglas Macedo

A prática esportiva é simples em termos de material: um tecido de cerca de 15 metros dobrado no meio. Ele é fixado basicamente a quatro metros do chão. Não exige um condicionamento físico perfeito, mas é necessário cuidar do corpo. Por ser uma atividade intensa, é fundamental fazer alongamento antes de começar as acrobacias. Os primeiros 15 minutos de cada aula são dedicados a isso. 

“Você precisa ter força corporal, mas é algo que vai se conquistando aos poucos, ao longo do exercício. É um desafio diário, mas lindo de ser feito. É quase uma dança. Meio que você vai sentindo o seu limite e controlando isso. A gente vem pra cá quase todos os dias, é só chegar. Com uma vista dessa então”, conta Tarsila, explicando que outros pontos da cidade também podem ser usados na modalidade com facilidade. 

“A gente sempre busca a segurança. Aqui na Boa Viagem é ótimo. Mas basta ter onde pendurar o tecido que já está resolvido o problema”, revela. 

De acordo com Júlia Leal, de 22 anos, uma das alunas, a prática do tecido acrobático tem feito a diferença na sua vida em termos de tranquilidade e condicionamento físico.  

“Sempre tive muita vontade de praticar, mas nunca tinha tido oportunidade. Surgiu essa com a Tarsila e eu não poderia perder. Tem sido muito bom pra mim. Além de ser divertido, relaxa, traz boas coisas pra gente. Sem contar o ganho físico diário aqui na aula, é maravilhoso. Aconselho muito”, diz Júlia, que chegou cedo na Boa Viagem para aproveitar o dia. 

“Quanto mais cedo a gente chegar aqui, melhor. Evitamos o sol, o calor e conseguimos ficar bastante tempo praticando. Me sinto muito bem fazendo esse exercício”, finalizou.