Circuito funcional vira febre entre niteroienses

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Júnior Bessa desenvolve o circuito funcional com sua equipe nas areias de Icaraí oferecendo saúde e bem-estar

Lucas Benevides

Ganhar condicionamento físico e emagrecer com exercícios práticos realizados na praia que aliam saltos, corrida, explosão e força tendo como pano de fundo uma das vistas mais bonitas de Niterói. E foi de um exercício entre atletas que surgiu a oportunidade de se trabalhar em uma atividade física acessível a todas as pessoas. É assim que há mais de dez anos o professor de Educação Física Júnior Bessa oferece aulas de circuito funcional nas areias da Praia de Icaraí com a equipe MB Pró. 

Formado pelo UFRJ e ex-atleta de futebol, ele começou a trabalhar com a preparação física dos clubes cariocas e realizar os exercícios de circuito funcional junto com os atletas, aprendendo a importância de se realizar trabalhos coletivos. E então  resolveu aplicar esta metodologia em amadores e profissionais em Niterói.   

“Vamos completar no ano que vem dez anos. A gente começou na praia em 2006, só fazendo trabalho com atletas. Então eu vi uma oportunidade de realizar isso com qualquer pessoa. Não com a mesma intensidade dos atletas, mas respeitando os limites de cada um. Vemos os grupos de risco que a gente tem e passamos os exercícios. E atualmente atendemos a qualquer tipo de pessoas desde atletas de alto nível até pessoas sedentárias, que estão acima do peso, cardiopatas, diabetes, enfim, trabalhamos com vários grupos especiais, com o objetivo de incluir todo mundo na atividade”, explicou.

Ele ainda revelou que o circuito funcional ajuda aos alunos a perder mais calorias do que em uma academia tradicional.

“A gente tem desde 2006, mais de 20 a 30 casos, de um case de sucesso nosso. Temos pessoas que fizeram operações e perderam peso conosco. Também temos casos de alunos que perderam entre 48 kg e 60 kg. Como tem pessoas que estavam tomando remédio para pressão e diminuíram os remédios.  Além do foco, é notório o resultado para a saúde e para a qualidade de vida de quem pratica este tipo de atividade bem orientada e com profissionais preparados por perto”, disse.

Ele afirmou ainda que as atividades são coletivas e isso ajuda no desenvolvimento dos treinos no circuito. 

“Não é só o aspecto de estética em si. Este trabalho do circuito, que foi pioneiro aqui, é aliar o condicionamento com a socialização, o que é importante em um mundo virtual e tecnológico em que as pessoas ficam individualizadas e não conversam. Neste momento em que o pessoal está cuidando da sua saúde, também socializa com outras pessoas. Já fizemos eventos de atividades físicas aos sábados, subimos o Costão, realizamos treinos ecológicos, o que ajuda  não apenas na parte estética, mas na socialização”, declarou.

O professor também citou que durante os anos do circuito MB Pró criou-se inúmeros círculos de amizade entre os integrantes do projeto.

“Hoje a gente tem pessoas que fora do circuito, saem  para barzinhos para tomar a cerveja. Até brinco com elas, dizendo que fazem o circuito para queimar a cerveja e o churrasquinho que consomem no bar. Tem pessoas que viraram amigos e casais de namorados depois que se conheceram no circuito. Esta parte de socialização é muito forte e com muitas conquistas neste sentido”, destacou. 

Júnior finalizou destacando que possui atualmente cerca de 100 alunos, agradecendo ainda o trabalho de seus parceiros, o coordenador Dudu Matta e o professor Luiz Fernando.