Em busca da glória no Kickboxing

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O lutador de Kickboxing Ricardo Lisboa, 39 anos, atleta da Niterói Muay-Thai está há 20 anos no esporte. Apesar do tempo, ele terá um desafio pela frente neste domingo, a partir de 9h, que o deixa com a vontade de um iniciante. Isso porque ele estará em ação pela Copa Brasil, que acontece desde a última quinta-feira, em Mogi das Cruzes, em São Paulo. O evento serve como seletiva para o Pan-Americano de Kickboxing que acontecerá em novembro na paradisíaca Cancun, no México.

A dificuldade do torneio se dá por um detalhe importante: Ricardo não sabe quem enfrentará em São Paulo. Isso o fez focar apenas no seu jogo.

“Esse tipo de competição é sempre mais difícil, por se tratar de seletiva e o famoso mata-mata. Por causa disso, a gente faz um trabalho muito maior na parte aeróbica, porque poderei enfrentar mais de um atleta em um único dia”, contou Ricardo, reforçando que em 2006 chegou a lutar com 32 atletas em um único dia.

Todas as dificuldades que envolvem a luta não são suficientes para quem vive do esporte amador. Ricardo é mais um atleta que precisa conciliar as contas com as competições.

“Infelizmente a gente precisa lidar com as dificuldades em não ter patrocínio ou apoio. Sou professor em duas academias, uma em Piratininga e outra em Icaraí. Só voltei a competir porque os alunos insistiram. Já que eles vão lutar, por que eu não poderia?”, indagou o faixa-preta. O lutador disse ainda que em agosto teve três eventos para participar. Ele precisaria arcar com os custos de todos eles, o que seria inviável: “Tive que escolher em qual entrar. As dificuldades são grandes”, desabafou.

Para o duelo ou duelos que o lutador terá neste fim de semana, a responsabilidade é ainda maior. Isso porque ele vai representar o Rio de Janeiro na cidade paulista.

“Somos filiados pela Associação Fluminense de Artes Marciais (Afam) e isso traz uma responsabilidade grande não só por levar o seu estado, mas também a sua academia e sua federação. Mas estou preparado e sei que o importante é fazer boas lutas e apostar nos treinamentos, além da forma física para aguentar a possível maratona de lutas”, garantiu Ricardo, que luta na categoria acima de 94 quilos.