Esporte brasileiro é passado a limpo e dirigentes são presos

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Quem também segue investigado é Carlos Arthur Nuzman, presidente licenciado do Comitê Olímpico Brasileiro. Nuzman foi alvo da Operação Unfair Play, desdobramento da Lava Jato, Nuzman teve bens bloqueados, passaportes retidos e chegou a ser detido por algumas semanas. Hoje está proibido de deixar o País. Em seu apartamento, a Polícia Federal apreendeu 480 mil reais em espécie, de cinco diferentes moedas (real, dólar, euro, libra e franco suíço).

 O Ministério Público Federal investiga se o cartola intermediou o pagamento de propina milionária para o presidente da Federação Internacional de Atletismo, o senegalês Lamine Diack, em troca do apoio à candidatura carioca para sediar as olimpíadas de 2016 que foram realizadas no Rio de Janeiro.

Segundo os procuradores da Operação Unfair Play, Nuzman seria o elo entre corruptos e corruptores

O esquema investigado pelo Ministério Público Federal conta com a participação de um agente público: o ex-governador fluminense Sérgio Cabral. Cabral está preso desde novembro do ano passado e suas condenações somadas já passam dos 80 anos de prisão. Cabral é acusado pela Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Até a reforma do Maracanã para a Copa do Mundo serviu para que empresas pagassem propinas a políticos e dirigentes. 

De acordo com as investigações já divulgadas pelo Ministério Público, Cabral estaria envolvido diretamente na transferência de recursos, através de Nuzman, para o senegalês Lamine Diack, em setembro de 2009, um mês antes de o Comitê Olímpico Internacional escolher o Rio como sede olímpica. Os depósitos no valor de dois milhões de dólares foram feitos pela Matlock Capital Group, offshore nas Ilhas Virgens Britânicas controlada por operador escolhido pelo ex-governador.

Impedido de deixar o país e frequentar as dependência do Comitê Olímpico Brasileiro, Nuzman tenta se defender, alegando que os crimes praticados por ele no exterior não são passíveis de punição no Brasil. É o mesmo argumento utilizado pela defesa de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF. A exemplo de Del Nero, Teixeira também evita sair do país para não correr o risco de ser preso. 

O Comitê Olímpico do Brasil teve um ano olímpico com o resultado  de 21 medalhas  em competições mundiais ou equivalentes com destaques para o judô, a natação e vôlei com títulos importantes.

Ao todo, a seleção de judô, por exemplo, conquistou 103 medalhas, sendo 42 ouros, 23 pratas e 38 bronzes. O Japão lidera a lista com 80 ouros, 37 pratas e 48 bronzes. No Ranking Mundial por categorias cinco brasileiros terminaram 2017 como número um.